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Effects of automotive diesel oil on germination of Avicennia germinans and Laguncularia racemosa mangrove propagules

RESUMO

Os ecossistemas de manguezais são sensíveis ao óleo, pois os derramamentos podem prejudicar os processos de desenvolvimento da vegetação de mangue. Desde a década de 2010, a margem equatorial brasileira, mais especificamente a Bacia do Pará-Maranhão e a foz do Rio Amazonas, vem sendo afetada pelo vazamento de petróleo proveniente de atividades urbanas e pelo aumento do risco de perfurações exploratórias em águas profundas para extração de petróleo. A dispersão dos propágulos do manguezal ocorre durante os ciclos das marés, quando a presença de tensores na água pode afetar a germinação. Analisamos os efeitos do óleo diesel na germinação de propágulos de duas espécies de mangue mais comuns na região, Laguncularia racemosa e Avicennia germinans, em seis tratamentos de óleo diesel na água (0,5%, 1%, 1,5%, 2%, 3% e 4%) e um controle sem óleo diesel. As variáveis ​resposta foram germinabilidade (G%), tempo médio de germinação, velocidade média de germinação e índice de velocidade de germinação (IVG). G% e IVG dos propágulos de L. racemosa diferiram significativamente entre o controle e todos os tratamentos (G% e GSI < 10% no tratamento 3%). Os propágulos de A. germinans foram mais resistentes e as variáveis ​fisiológicas não diferiram significativamente entre tratamentos e controle (G% > 90% em todos os tratamentos). Nossos resultados indicam que, no estágio de germinação, L. racemosa foi mais suscetivel que A. germinans à contaminação por óleo diesel automotivo.

PALAVRAS-CHAVE:
hidrocarbonetos; tensor ambiental; margem Equatorial Brasileira; respostas ecofisiológicas

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