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Investigações limnológicas e ictiológicas em Curuá-Una, a primeira represa hidrelétrica na Amazônia Central

Resumo

No presente trabalho, são apresentados os resultados limnológicos elaborados durante o período de abril e maio de 1978, em Curuá-Una, a primeira represa hidrelétrica da bacia Amazônica. Foram estudadas as condições hidroquímicas, as macrófitas aquáticas, o zooplâncton (Cladocera), e a ictiofauna. A água dos afluentes da represa, de um modo geral, é extremamente pobre em sais minerais. Mesmo assim, observaram-se nítidas diferenças químicas entre os afluentes principais, A redução no teor de oxigênio, dentro da represa, foi bem pronunciada. Grandes quantidades de macrófitas aquáticas flutuantes ocorreram na represa, sendo que as principais espécies foram: Eichhorrhia crassipes, Scirpus cubensis, Pistia stratiotes e Paspalum repens. A abundância das plantas e sua ocorrência mostram nítidas relações com as condições hidroquímicas. As 34 espécies de Cladocera, representantes de 6 famílias, foram identificadas. O número de indivíduos, no entanto, foi relativamente baixo. Três espécies, Bosminopsis deitersi, Ceriodaphnia cornuta e Ceriodaphnia reticulata representaram entre 53 - 99% dos espécimens coletados. Sessenta e duas espécies de peixes, pertencendo a 14 famílias, foram coletadas. Observou-se uma preferência de algumas espécies pela área do reservatório, enquanto outras foram encontradas principalmente acima ou abaixo da represa. A freqüência de piranhas foi duas vezes maior na represa, do que nos locais acima ou abaixo da mesma.

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