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Colorimetria e propriedades químicas da madeira de Parkia pendula e Simarouba amara modificada termicamente

RESUMO

A modificação térmica da madeira é um processo que altera sua composição química, visando melhorar propriedades tecnológicas como estabilidade dimensional, redução do teor de umidade de equilíbrio, homogeneidade ou cor. Neste contexto, este estudo teve como objetivo avaliar a colorimetria e as propriedades químicas da madeira de Parkia pendula (angelim-saia) e Simarouba amara (marupá) modificada termicamente por diferentes métodos. Foram avaliados três tratamentos: T1 (pré-tratamento em estufa por uma hora a 120 °C e tratamento em estufa a 180 °C por três horas); T2 (pré-tratamento em autoclave a 125 °C por três horas sob 1,2 kgf cm-2 e tratamento em estufa a 180 °C por três horas); T3 (sem pré-tratamento, com tratamento da amostra em óleo vegetal). A madeira termicamente modificada foi avaliada em relação à madeira não tratada quanto à composição química estrutural (extrativos, lignina, holocelulose e teor de cinzas), parâmetros colorimétricos definidos através do sistema CIELAB (Commission Internationale de l´Eclairage) e variação total de cores. Detectamos um aumento significativo no teor de extrativos e uma diminuição no teor de holocelulose e lignina em T3 para ambas espécies, o que pode ser explicado pela impregnação de óleo nas amostras de madeira. A modificação térmica provocou o escurecimento superficial da madeira de ambas espécies, que foi mais pronunciado em P. pendula. Apesar da alteração colorimétrica, quimicamente não houve prejuízos para as madeiras.

PALAVRAS-CHAVE:
Amazônia; variação da cor; madeiras tropicais; composição da madeira; holocelulose

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