Evidências de erosão costeira no Rio Grande do Sul têm sido obtidas através de três métodos: (a) análises estratigráficas e morfodinâmicas de longo período de barreiras costeiras, (b) mapeamento anual da linha de costa através do Sistema de Posicionamento Global Diferencial (DGPS), e (c) levantamentos altimétricos de perfis praiais. O primeiro método mostra a erosão costeira como uma continuidade da evolução geológica nos últimos 5 ka, e ocorrendo principalmente na metade sul de suaves projeções costeiras. O segundo método representa uma escala temporal curta e indica que, aproximadamente 80% da costa está em erosão. Levantamentos altimétricos de perfis praiais têm sido executados em poucos locais, distantes uns dos outros, desde o início dos anos 1990; e, conseqüentemente, seus resultados refletem um comportamento local e de curto período da linha de costa. A avaliação crítica dos dados até hoje publicados sobre a erosão da linha de costa do Rio Grande do Sul sugere fortemente que o balanço negativo no estoque de sedimentos costeiros, em escalas de longo e curto período, é a principal causa da erosão.
evolução costeira; Quaternário; mudanças da linha de praia; barreiras costeiras; estoque de sedimentos