Este estudo comparou a fauna parasitária de tilápia do Nilo mantida em consorciação com suínos e alimentada com ração comercial mantida em pesque-pague. Um total de 360 peixes foi analisado, entre agosto de 2003 ejulhode2004, em uma propriedade de Nova Trento, Santa Catarina, Brasil. Não houve diferença significativa entre os dois sistemas de cultivo. A fauna parasitária em ambos foi ligeiramente semelhante com a presença de Trichodina magna e T compacta (Ciliophora); Cichlidogyrus sclerosus e Cichlidogyrus sp. (Monogenoidea) e Laproglena sp. (Lernaeidae). A análise parasitológica não mostrou diferença entre os peixes dos dois sistemas. A prevalência total de tricodinídeos nas brânquias dos peixes mantidos com dejetos de suínos foi de 1,7% quando comparada com os do pesque-pague de 0,6%. A taxa de prevalência e a intensidade média de Monogenoidea nas brânquias dos peixes do pesque-pague foi de 16,5% e 2,6, respectivamente comparada com os mantidos com suínos de 13,2% e 0,8, respectivamente. Este estudo demonstrou que a baixa densidade de estocagem de peixes nesta propriedade e a baixa temperatura na região colaboraram para que a saúde dos animais fosse mantida e o nível de parasitismo baixo.
Oreochromis niloticus; pesque-pague; dejetos de suínos; Monogenoidea; Trichodina; prevalência