Os mapas pedogeoquímicos representam a distribuição espacial dos solos de acordo com seus parâmetros cristaloquímicos (fração argila) e dos aspectos físico-químicos de seu complexo absorvente (Capacidade de troca catiônica - CEC e saturação em bases - BS). Esses mapas constituem excelentes ferramentas para os estudos ambientais e, em especial para a análise da vulnerabilidade de ecossistemas terrestres à deposição ácida. Os mapas pedogeoquímicos dos solos brasileiros, obtidos a partir da análise do Mapa Mundial de Solos da FAO, permitiram estabelecer a distribuição dos solos em 5 classes de vulnerabilidade à deposição ácida, conforme normas definidas pelo Stockolm Environmental Institute (SEI). Nesses mapas pode ser observado que cerca de 50% dos solos brasileiros são altamente vulneráveis à deposição ácida e podem ser incluídos na classe dos solos de vulnerabilidade mais elevada. Este grupo é formado pelos solos dessaturados, bem desenvolvidos, constituídos por argilominerais do grupo da caolinita, associados a quantidades variáveis de gibbsita. Cerca de 8% dos solos podem ser considerados como pertencentes à classe de menor vulnerabilidade. Eles correspondem aos Vertissolos, Planossolos e solos salinos. Finalmente, os solos remanescentes representam os solos das zonas semi-árida do nordeste e subtropical do sul do nordeste.
solos brasileiros; mapa pedogeoquímico; poder tampão de solos
