Na vegetação densa das florestas temperadas ou tropicais, os processos de comunicação são limitados pelas modificações dos sons durante sua propagação. A presença de folhas, troncos e galhos produz uma importante reverberação e absorção do som, provocando uma diminuição da energia do sinal, assim como modificações qualitativas. O objetivo deste artigo é de revisar brevemente as diferentes estratégias usadas por aves para gerenciar essas limitações. Para o emissor, um comportamento de emissão adaptado tanto às heterogeneidades físicas do meio florestal, quanto às variações temporais das exigências acústicas, é particularmente útil para controlar o canal ativo de sinalização. A codificação da informação em parâmetros acústicos com diferentes sensibilidades às exigências de propagação é também de grande valia. Para o receptor, um comportamento adaptado (posto de escuta) e uma ampla tolerância à degradação sonora durante o processo de decodificação são as chaves para um processo de comunicação otimizado.
comunicação acústica; modificações induzidas pela propagação; limitações ambientais; evolução da comunicação