A distribuição geográfica de 27 espécies da megafauna de mamíferos herbívoros sul-americanos durante o Pleistoceno Superior foi analisada, visando à identificação de seus padrões de distribuição. A distribuição das espécies foi estudada com o uso do método pan-biogeográfico de análise de traços. Seis traços generalizados (TGs) e dois nós biogeográficos foram obtidos. Os TGs não superpõem completamente com as áreas de savana aberta presentes no Pleistoceno, nem com os traços bióticos de alguns artrópodes típicos de clima árido, indicando que estes animais evitavam ambiente árido. De um modo geral, os TGs coincidiram com algumas das províncias biogeográficas definidas com base em táxons viventes, indicando que certos padrões de distribuição atuais já existiam no Pleistoceno. Os nós biogeográficos coincidiram com as bordas entre as principais formações vegetais do Pleistoceno, mostrando que o tipo de vegetação teve grande influência na distribuição da megafauna mamaliana. O nó 1 confirmou a existência de zonas de contato entre regiões paleobiogeográficas próximo à borda Argentina-Uruguai. O nó 2 conecta as regiões intertropicais brasileiras.
Padrões de distribuição; Biogeografia Histórica; Pan-biogeografia; Megafauna; Pleistoceno Superior; América do Sul
