RESUMO
Este estudo avaliou a memória de reconhecimento e os níveis de danos no DNA (sangue e hipocampo) em ratos Wistar jovens desnutridos. O experimento foi conduzido ao longo de 14 semanas com os animais divididos em grupo controle (GC, n=8) e grupo desnutrido (GD, n=12) que foi submetido a restrição calórica. O estado nutricional para desnutrição foi definido pelo Índice de Massa Corporal (IMC) de ≤0,45g/cm2 e pela pesagem dos órgãos/tecido (fígado, baço, intestino, gordura peritoneal, rim e encéfalo). O Teste de Reconhecimento de Objeto Novo avaliou a memória de reconhecimento e o Ensaio Cometa avaliou os níveis de danos no DNA. O teste t de Student, ANOVA de duas vias e a análise de correlação de Pearson foram usados e o nível de significância foi de p<0,05. O GD apresentou um menor IMC e menores pesos dos órgãos/tecido que o GC (p<0,001). Em relação à memória de curto prazo, a taxa de reconhecimento foi maior no GD (p<0,05), apenas após 4 semanas. Em relação à memória de longo prazo, novamente a taxa de reconhecimento foi maior no GD em comparação ao GC, depois de 4 semanas (p<0,001) e depois de 14 semanas (p<0,01). O GD apresentou diminuição dos níveis de danos no DNA no sangue (p<0,01) e aumento nos níveis de danos no DNA no hipocampo (p<0,01). Concluiu-se neste estudo que a desnutrição pela restrição calórica não causou prejuízo na memória de reconhecimento, porém induziu danos no DNA no hipocampo.
Palavras-chave:
dano no DNA; memória; estado nutricional; desnutrição; ratos Wistar
