Um grande pterossauro (MN 6594-V) da Formação Romualdo (Aptiano/Albiano), Grupo Santana, Bacia do Araripe, é descrito. O espécime é referido a Tropeognathus cf. T. mesembrinus principalmente pela crista frontoparietal baixa e obtusa, por um número comparativamente baixo de dentes e pela inclinação da porção dorsal da região occipital. Duas distintas medidas de envergadura para pterossauros são introduzidas: a envergadura maximizada (maxws), que consiste essencialmente no dobro da soma de todos os elementos da asa e o comprimento da escápula ou do coracóide (o menor de ambos), e a envergadura normal (nws), que aplica um fator de redução (rdc) à envergadura maximizada para compensar as curvaturas naturais da asa. Para pteranodontóides o rfc sugerido é de 5%. No caso de MN 6594-V, maxws e nws correspondem a 8,70 m e 8,26 m, respectivamente, o que faz deste espécime o maior pterossauro coletado do Gondwana até hoje. A extremidade distal de um úmero de maior tamanho (MCT 1838-R) e uma asa parcial (MPSC R 1395) também são aqui descritos, mostrando que pterossauros grandes ou gigantescos formaram uma parcela significativa da fauna de pterossauros da Formação Romualdo. Finalmente, alguns comentários sobre a estabilidade nomenclatural para os depósitos de Santana são feitos.
Pterosauria; Anhangueridae; Tropeognathus ; Cretáceo; Gondwana