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The Lages diatremes: mineral composition and petrological implications

Dados químicos de minerais pesados dos diatremas de Lages no sul do Brasil foram estudados com o propósito de caracterizar as fontes das rochas. Três grupos de minerais são reconhecidos: I) piroxênio aluminoso-cromífero, granada piropo e espinélio cromífero, representando fragmentos desagregados de espinélio, espinélio+granada e granada da fácies peridotito; II) piroxênio aluminoso com baixo Cr, correspondendo a megacristais, com as fases de alta pressão (7-12 kb) cristalizadas a partir de magma alcalino em evolução; III) diopsídio aluminoso com baixo Cr e origem crustal. Clinopiroxênios dos Grupos I e II mostram evidências de enriquecimento metassomático críptico de natureza carbonatítica. Os dados não confirmam a afinidade kimberlítica sugerida para esses diatremas. Ao contrário, eles são interpretados como condutos relacionados ao magmatismo alcalino que afetou a área no Cretáceo Superior. O magma parental alcalino dos megacristais de piroxênio foi originado a partir de um manto metassomatizado na fácies granada que aprisionou fragmentos do ainda fértil manto adjacente. Presumivelmente na fácies espinélio teve início o fracionamento dos megacristais, cuja cristalização se deu em condições de pressão e temperatura decrescentes. As similaridades entre os clinopiroxênios do Grupo III e aqueles dos litotipos mais diferenciados sugere que essa fase mineral foi transportada pelo magma no curso de sua evolução, em condições crustais, para uma composição alcalina mais evoluída. Ainda, uma formação não-cogenética para os clinopiroxênios do Grupo III não pode ser descartada.

Brasil; manto; clinopiroxênio; megacristal; metassomatismo


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