Nós investigamos as alterações funcionais e morfológicas em corações de ratos infartados, sob o paradigma de inibição da enzima conversora de angiotensina. O infarto do miocárdio foi produzido pela ligadura da artéria coronária esquerda e um grupo falso-operado serviu de controle para o experimento. Os ratos infartados receberam água normal com (grupo CAP) ou sem (grupo INF) captopril. A avaliação funcional foi feita através de eletro (ECG) e ecocardiografia (ECO) momentos antes e 21 dias depois da cirurgia. O ECG dos grupos INF e CAP foram similares e compatíveis com infarto cicatrizado após a cirurgia. As principais diferenças entre os grupos INF e CAP foram: a prevenção do aumento da onda P e a atenuação tanto do desvio do eixo de despolarização ventricular como da amplitude da onda Q no CAP comparado com o INF. O ECO revelou que o tratamento com captopril foi mais efetivo em melhorar o enchimento diastólico do que aumentar a função sistólica. A dilatação e a falência cardíaca congestiva foram observadas apenas no INF. Ambos os grupos infartados exibiram um tecido cicatricial no ventrículo esquerdo, mas no INF esta se mostrou maior do que no CAP (49.7 ±5.24 vs. 22.33 ±6.19 respectivamente). Estes dados sugerem que o sistema renina angiotensina produz alterações morfológicas e funcionais em corações de ratos infartados e que estas podem ser detectadas por exames não invasivos.
infarto do miocárdio; eletrocardiograma; ecocardiograma; sistema renina-angiotensina; captopril
