O armazenamento de rejeitos altamente radioativos é ainda um problema em aberto na área de engenharia nuclear sendo os sítios geológicos ainda a opção mais favorável e naturalmente aquela que demanda maior conhecimento na área de geomecânica. A maioria dos projetos conceituais de armazenamento do lixo nuclear objetiva a alocação de cilindros que contêm os rejeitos em poços verticais ou horizontais. O espaço vazio que circunda os cilindros é preenchido por uma barreirade engenharia na maioria dos casos composta por uma argila expansiva. Na barreira e na vizinhança fenômenos significativos de acoplamento termo-hidro-mecânico(THM) tomam lugar e interagem entre si de maneira bastante complexa. Um bom entendimento dos tópicos em acoplamento THM é portanto necessário para assegurar a boa performance das barreiras de engenharia. As condições da bentonita em uma barreira de engenharia para o armazenamento do lixo nuclear foram simuladas em um teste de calor experimental nas premissas do CIEMAT em Madrid. A evolução das variáveis que governam o acoplamento termo-hidro-mecânico neste teste são analisadas neste artigo utilizando uma formulação totalmente acoplada juntamente com o código computacional de elementos finitos. Ênfase especial é dada ao estudo do escoamento termo-osmótico na hidratação da barreira argilosa no estágio avançado do experimento.
argilas expansivas; teste de calor; armazenamento do lixo nuclear; análise do acoplamento termo-hidro-mecânico