Índices bibliométricos estão sendo utilizados como ferramentas na avaliação do desempenho de cientistas, sendo o índice h o mais empregado atualmente. Com o propósito de tecer considerações sobre o índice h de cientistas brasileiros, foi realizada uma análise do mesmo entre os membros titulares da Academia Brasileira de Ciências (ABC). Foram calculados os valores do índice h para os 402 membros titulares separados nas 10 áreas do conhecimento distintas listadas pela ABC. Concomitantemente os trabalhos de cada pesquisador foram conferidos através da comparação com os currículos apresentados na Plataforma Lattes. Apesar da grande produção científica, a maioria em jornais sem fator de impacto, os índices h dos membros da ABC demonstram uma grande variação em todas as 10 áreas, particularmente nas Ciências Biomédicas e Físicas. As maiores médias do índice h foram encontradas nas Ciências Biomédicas, da Saúde e Químicas; os menores valores estão nas Ciências Humanas, onde este índice não reflete a produção dos respectivos pesquisadores, revelando-se inútil nesse caso. Devido a uma pressão por contínua publicação (the bakery-effect), diversos problemas relacionados são discutidos. A conclusão principal deste estudo corrobora a necessidade de países em desenvolvimento, como o Brasil, investirem em periódicos científicos nacionais, possibilitando a incorporação gradual dos mesmos nas principais listagens dos periódicos com fator de impacto, causando um efeito positivo sobre os índices dos pesquisadores atuantes no país.
cienciometria; índices bibliométricos; índice h; Academia Brasileira de Ciências