Águas subterrâneas têm um papel estratégico em tempos de mudanças climáticas, principalmente porque os aquíferos podem fornecer água por longos períodos, mesmo durante a seca estiagem muito longa e severa. A redução e / ou alterações no padrão de precipitação pode diminuir a recarga principalmente no aquífero freático, causando restrição de águas subterrâneas disponíveis. O impacto esperado das alterações climáticas de longo prazo sobre os aquíferos brasileiros para 2050 vai levar a uma severa redução em 70% da recarga nos aquíferos da região Nordeste (comparando aos valores de 2010), variando de 30% a 70% na região Norte. Os dados referentes às regiões Sul e Sudeste são mais favoráveis, com um aumento nos valores de recarga relativa de 30% a 100%. Outro impacto esperado é o aumento da demanda e a diminuição na disponibilidade de água de superfície que vai fazer a população voltar-se para os aquíferos como sua principal fonte de água para uso público ou privado em muitas regiões do país. Assim, um uso integrado de águas superficiais e subterrâneas deve ser considerado no planejamento do uso da água. A solução da escassez de água é baseada em três fatores: O aumento de conscientização da sociedade, um melhor conhecimento das características hidráulicas e químicas dos aquíferos hidráulicos e químicos e ações eficazes de gestão.
Seca; águas subterrâneas; recarga de aquíferos; uso integrado da água; controle dos recursos hídricos
