Na Amazônia as florestas secundárias são dominadas por espécies pioneiras que, normalmente, produzem grandes quantidades de sementes pequenas, dormentes e capazes de formar bancos de sementes no solo. A dormência neste grupo de espécies é superada pelas condições ambientais de áreas abertas, como alta irradiação ou alternância de temperaturas. No entanto, uma variedade de respostas de germinação aos fatores ambientais é conhecida entre as pioneiras; algumas germinam em luz difusa ou no escuro sob temperatura constante. Um dos fatores promotores desta variedade é a massa das sementes. Parece que para as espécies com sementes muito pequenas, o estímulo para que ocorra germinação é a luz e, para sementes maiores, a alternância de temperatura pode ser um estímulo mais importante. Neste estudo, estabeleceu-se uma relação entre a massa das sementes e a resposta de germinação à luz e temperatura para sete espécies pioneiras arbóreas da floresta amazônica. Descobrimos que o aumento na massa da semente foi acompanhado por diminuição da necessidade por luz e aumento da tolerância à alternância de temperatura. Compreender estratégias de germinação pode contribuir para os conhecimentos sobre a coexistência de espécies em ambientes altamente diversos e também pode ajudar aos pesquisadores envolvidos no manejo e restauração florestal.
Alternância de temperatura; germinabilidade; tempo médio de germinação; germinação fotoblástica; florestas secundárias; árvores tropicais