Este trabalho compara duas espécies medicinais de Kalanchoe utilizadas muitas vezes de forma indiferenciada pela população, quanto à distribuição de antocianinas sob influência de quatro níveis de luminosidade por 6 meses. Para a análise morfoanatômica foi seccionado o 6 º nó do caule de cada planta. Testes histoquímicos clássicos evidenciaram a presença de antocianinas em cortes transversais dos caules, pecíolos e lâminas foliares. Os pecíolos e lâminas foliares foram submetidos à extração com metanol acidificado e as antocianinas foram quantificadas através de leituras espectrofotométricas. Observou-se em nível macroscópico nas duas espécies, maior presença de antocianinas nos caules e pecíolos das plantas sob luz plena. A microscopia de caules de K. brasiliensis evidenciou a deposição de antocianinas no tecido subjacente à epiderme e córtex, o que aumentou com a intensidade luminosa. Em K. pinnata, observou-se colênquima subepidérmico, o que interferiu na visualização de antocianinas. Nos pecíolos e lâminas foliares de K. brasiliensis, a deposição de antocianinas foi periférica e em K. pinnata, se deu também por todo o córtex. A quantificação de antocianinas dos pecíolos mostrou, em 70% de luminosidade, teores superiores aos obtidos em 25%, porém nas lâminas foliares não foram obtidos resultados significativos. Este trabalho contribui para a farmacognosia de Kalanchoe e sustenta-se pela descrição de flavonóides como marcadores biológicos do gênero.
Antocianinas; Kalanchoe; luminosidade; anatomia vegetal
