A sedimentação costeira adjacente à desembocadura do Rio Doce, Espírito Santo, Brasil destaca o efeito de jato hidráulico desempenhado pela descarga fluvial. Por ocasião da enchente, os sedimentos marinhos transportados pela corrente longitudinal são represados a barlamar da desembocadura, causando progradação nas praias adjacentes e erosão nas praias situadas a sotamar da desembocadura fluvial. Com a inversão do rumo da deriva litorânea, os processos erosivos e construtivos se invertem. Estudos sedimentológicos realizados nos sedimentos do rio, das praias e da plataforma continental interna adjacente à desembocadura, indicam que a contribuição da carga do rio Doce é atualmente restrita às áreas imediatamente vizinhas. Contudo, a tipologia das praias e os processos de sedimentação da planície costeira são diretamente afetados pela descarga do rio Doce, sendo a continuação dos processos de sedimentação identificada na evolução geológica da área.
processos costeiros; morfodinâmica praial; evolução Quaternária; rio Doce; Brasil