O presente estudo avaliou três métodos de análise de dados buscando identificar o que seria mais apropriado para obter informações visando à conservação, selecionando o valor de uso (VU), inventário in situ e o índice de propriedade de conservação (IPC). Este foi desenvolvido no Nordeste do Brasil, sendo entrevistados os chefes de família (46 informantes). O VU foi calculado considerando apenas o uso efetivo das plantas, o inventário in situ foi analisado por meio da frequência de ocorrência das espécies nas residências, e o IPC, combinando dados etnobotânicos e fitossociológicos. Observou-se um elenco semelhante das espécies indicadas pelo VU e inventário in situ, sendo diferente do elenco do IPC. Como este estudo procurou analisar a melhor técnica para identificação de espécies que precisam de ações conservacionistas, e por ter obtido resultados diferentes entre os métodos escolhidos, sugere-se o uso de métodos que reunam em suas análises tanto aspectos etnobotânicos quanto ecológicos, como por exemplo a lista de plantas feitas a partir do índice de prioridade de conservação, que demonstrou ser mais eficiente para identificar espécies raras na vegetação local. Já o VU e o inventário in situ foram mais eficientes para identificar as espécies mais conhecidas e utilizadas nas comunidades, sem no entanto, analisar, essas plantas na vegetação local.
biodiversidade; caatinga; inventário in situ ; índice de prioridade de conservação; valor de uso