O efeito do corante índigo de efluente na microalgaScenedesmus quadricauda de água doce foi investigado sob condições controladas de laboratório. A microalga foi exposta a diferentes concentrações do efluente obtido diluindo o efluente corante de 100 a 175 vezes em Bold Basal Medium (BBM). A taxa de crescimento da microalga diminuiu enquanto a concentração do efluente do corante índigo aumentou (p<0,05). A EC50 foi encontrada como fator 166 de diluição do efluente. A clorofila a, a densidade celular e a produção biomassa seca como biomarcadores foram afetadas negativamente pela alta concentração de efluente do corante índigo, desde que seus níveis foram mais altos em baixas concentrações de efluentes (p<0,05). Alterações no tamanho de cenóbios significativamente correlacionaram com a concentração de efluente. Obteve-se uma mudança de grandes para pequenos cenóbios, com o aumento da concentração de efluente de corante índigo. Podemos concluir que mesmo em baixas concentrações, efluentes de processos industriais têxteis que usam corante índigo são capazes de reduzir significativamente o crescimento e a produção de biomassa, além de alterar as características morfológicas da microalga da água doce S. quadricauda. A redução sistemática do número de células por cenóbio observada neste estudo confirma, ainda, que o estresse ambiental afeta a estrutura docenóbio do gêneroScenedesmus, o que significa que ele pode ser considerado um biomarcador importante para ensaios de toxicidade.
água doce; microalga; variação morfológica; poluição; resíduos têxteis
