A falta da prática de cultivo comercial de macroalgas no Brasil junto com a crescente demanda do mercado nacional de ficocolóides é suprida pela importação de algas e colheita em bancos naturais, principalmente na costa nordestina. Na busca de um cultivo em pequena escala para uso das comunidades litorâneas foi implantado um cultivo experimental com H. musciformis, na Ilha da Marambaia, RJ (43º59'35" W e 23º04'00" S). Ao todo foram testadas nove técnicas de fixação da alga nas unidades experimentais de maricultura (UEM). Nos experimentos realizados entre a primavera de 2003 e o outono de 2004, as taxas de crescimento geralmente foram negativas. Entre os invernos de 2004 e 2005, foram na maioria positivas. O fitobentos próximo à UEM foi analisado para verificar o crescimento dessa espécie na assembléia e no cultivo. Observou-se maior percentual de anfípodas e de matéria orgânica nas UEM e a presença de carposporófitos em épocas de baixa salinidade em ambos os locais. Atribuiu-se o baixo rendimento da taxa de crescimento aos fatores ambientais como: ressacas, aderência de matéria orgânica nas algas, herbivoria e danos as UEM por ação antrópica. Constatou-se que o tratamento fixando a muda com abraçadeira foi o de mais fácil manuseio e baixo custo e que somente com a conscientização da comunidade litorânea e remuneração salarial para esta atividade será possível exercer o cultivo de H. musciformis com sucesso.
Maricultura; macroalgas; H. musciformis; carragenana; Ilha da Marambaia