Este trabalho teve como objetivo determinar as variações espaço-temporal do microfitoplâncton e variáveis ambientais no estuário do rio Formoso, litoral sul do estado de Pernambuco. As coletas ocorreram em três pontos, no período chuvoso (maio a julho/2002) e estiagem (outubro a dezembro/2002). As amostras do plâncton foram obtidas através de arrastos horizontais superficiais, com rede de abertura de malha de 64¼m. Foram registrados in situ dados sobre temperatura e transparência e, concomitantemente, coletadas amostras de água utilizando a garrafa tipo Kitahara para a análise de salinidade, pH, oxigênio dissolvido, sais nutrientes e biomassa. Foram identificados 204 táxons predominando o grupo das diatomáceas (75%), destacando-se como dominantes Chaetoceros costatus Pavillard, Chaetoceros curvisetus Cleve, Chaetoceros sp., Coscinodiscus centralis Ehrenberg, seguidas dos dinoflagelados (10,79%), cianofíceas (6,37%), clorofíceas (3,92%), euglenofíceas (3,43%) e silicoflagelados (0,49%). As concentrações de oxigênio demonstraram uma alta capacidade de renovação do ambiente devido ao aporte de águas marinhas; maiores concentrações de nutrientes e biomassa algácea ocorreram durante o período chuvoso e nas baixa-mares. A pluviometria e o aporte marinho foram os parâmetros que mais influenciaram na hidrologia e na distribuição da comunidade fitoplanctônica com reflexo na riqueza taxonômica.
distribuição espacial; ecologia; estuários; fitoplâncton; sazonalidade; taxonomia