Resumos
A Reserva Biológica do Tinguá abrange parte dos municípios de Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Miguel Pereira e Petrópolis, localizados na região centro-oeste do Estado do Rio de Janeiro, apresentando vegetação predominantemente florestal que integra o complexo vegetacional Mata Atlântica. Embora situada próxima à área urbana, a Reserva do Tinguá apresenta desmatamento quase nulo e grande riqueza florística. Dentre os projetos realizados como parte do programa Linhas de Pesquisa em Mata Atlântica - CNPq, desenvolvida pelo Departamento de Botânica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, foi elaborada a chave para a identificação das espécies arbóreas, tendo como base características morfológicas vegetativas, tais como a filotaxia e forma das folhas, presença ou ausência de estípulas, exsudado, lenticelas, indumento e glândulas. A chave apresentada consta de 109 espécies, distribuídas em 35 famílias botânicas.
Mata Atlântica; chave de identificação; florística
The Tinguá Biological Reserve is located within the boundaries of the municipalitiesof Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Miguel Pereira, and Petrópolis, in the central-western region of Rio de Janeiro State, Brazil. Its vegetation is mainly formed by forests belonging to the Atlantic Rain Forest Complex. Although located close to urban areas, the Tinguá Reserve has suffered little deforestation which is assured by its species richness. As one of the several projects for the Reserve, developed by the Botany Department of the Federal University of Rio de Janeiro, an identification key of the woody Dicotyledons is presented, using morphological vegetative characters such as phyllotaxy, leaf shape, stipules, exsudates, lenticells, indument, and glands. A total of 109 species can be identified, belonging to 35 families.
Atlantic rain forest; identification key; floristics
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Chave de identificação para as espécies de Dicotiledôneas arbóreas da Reserva Biológica do Tinguá, RJ, com base em caracteres vegetativos11 Trabalho apresentado no XLVI Congresso Nacional de Botânica, Ribeirão Preto, SP
Identification key of the most common woody Dicotyledons from the Tinguá Biological Reserve (State of Rio de Janeiro, Brazil) based on vegetative characters
Denise Monte Braz; Maria Verônica Leite Pereira Moura; Maria Mercedes Teixeira da Rosa
Departamento de Botânica, Instituto de Biologia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, C. Postal 74582, CEP 23851970, Seropédica, RJ, Brasil (vlpmoura@ufrrj.br)
RESUMO
A Reserva Biológica do Tinguá abrange parte dos municípios de Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Miguel Pereira e Petrópolis, localizados na região centro-oeste do Estado do Rio de Janeiro, apresentando vegetação predominantemente florestal que integra o complexo vegetacional Mata Atlântica. Embora situada próxima à área urbana, a Reserva do Tinguá apresenta desmatamento quase nulo e grande riqueza florística. Dentre os projetos realizados como parte do programa Linhas de Pesquisa em Mata Atlântica - CNPq, desenvolvida pelo Departamento de Botânica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, foi elaborada a chave para a identificação das espécies arbóreas, tendo como base características morfológicas vegetativas, tais como a filotaxia e forma das folhas, presença ou ausência de estípulas, exsudado, lenticelas, indumento e glândulas. A chave apresentada consta de 109 espécies, distribuídas em 35 famílias botânicas.
Palavras-chave: Mata Atlântica, chave de identificação, florística
ABSTRACT
The Tinguá Biological Reserve is located within the boundaries of the municipalitiesof Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Miguel Pereira, and Petrópolis, in the central-western region of Rio de Janeiro State, Brazil. Its vegetation is mainly formed by forests belonging to the Atlantic Rain Forest Complex. Although located close to urban areas, the Tinguá Reserve has suffered little deforestation which is assured by its species richness. As one of the several projects for the Reserve, developed by the Botany Department of the Federal University of Rio de Janeiro, an identification key of the woody Dicotyledons is presented, using morphological vegetative characters such as phyllotaxy, leaf shape, stipules, exsudates, lenticells, indument, and glands. A total of 109 species can be identified, belonging to 35 families.
Key words: Atlantic rain forest, identification key, floristics
Introdução
A Reserva Biológica do Tinguá (REBIO do Tinguá) é uma das maiores Unidades de Conservação da Mata Atlântica no Estado do Rio de Janeiro. Foi criada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (IBAMA) através do Decreto Federal n. 97.780, de 23/maio/1989. Localizada entre a Serra do Mar e a Baixada Fluminense, constitui importante remanescente de floresta contínua, ilhada pelo crescimento dos municípios de Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Miguel Pereira e Petrópolis (Rodrigues 1996). Segundo Vaz (1984), a serra do Tinguá, apesar da colonização a que foi submetida no passado, constitui refúgio natural, cuja riqueza da flora e da fauna tornam-na uma das mais importantes áreas de vida selvagem do centro-sul do Estado. Trata-se de um ecossistema ainda pouco explorado cientificamente e, embora situado próximo a área com alta densidade populacional, sua cobertura nativa apresenta-se praticamente intacta. Estudos envolvendo a utilização de frutos como recurso alimentar (Santos 1994), a florística e fitossociologia (Rodrigues 1996), entre outros, foram realizados na REBIO do Tinguá por pesquisadores e estagiários do Departamento de Botânica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), entre os anos de 1991 e 1996.
A elaboração de chaves para identificação, tendo como base características morfológicas vegetativas, tem sido preocupação de diversos autores (Veloso 1946; Mantovani et al. 1985; Gentry, 1993; Lima et al. 1994; Rossi 1994; Keller 1996), pelo fato de não se encontrarem com freqüência em trabalhos de campo espécies em estado fértil, isto é, com flores e/ou frutos.
O presente trabalho objetivou a elaboração de chave analítica, baseada em caracteres vegetativos, para Dicotiledôneas arbóreas, permitindo identificação rápida e segura, independente da época de floração e/ou frutificação dessas espécies, contribuindo, ainda, para o conhecimento da composição florística da REBIO do Tinguá e áreas com o mesmo tipo de vegetação.
Material e métodos
Área de estudo - a Reserva Biológica do Tinguá abrange área de aproximadamente 26.000ha e perímetro de 150km, entre as coordenadas 22º28' a 22º39'S e 43º13' a 43º34'W (Rodrigues 1996). Está localizada nos municípios de Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Miguel Pereira e Petrópolis e limítrofe com os municípios de Paracambi e Vassouras (Bruck 1995), distando cerca de 70km da cidade do Rio de Janeiro. A área sob os domínios da REBIO do Tinguá varia em altitude até o ponto mais alto da Serra do Tinguá, o Pico do Tinguá, a 1.600m.s.m. (Rodrigues 1996). O clima é quente e úmido, com estação seca pouco definida nos meses de julho e agosto, correspondendo ao tipo Am, segundo a classificação de Köppen; os valores médios anuais de temperatura e mensais de precipitação são de 22,34ºC e 174,94mm, respectivamente (Rodrigues 1996). De acordo com Rizzini (1997), sua vegetação faz parte dos domínios da Floresta Atlântica e, segundo Veloso et al. (1991), tratase de um fragmento de Floresta Ombrófila Densa, englobando as formações submontana e montana. A sede administrativa da REBIO do Tinguá, bem como sua área de maior abrangência, está localizada na região serrana da Baixada Fluminense, no município de Nova Iguaçu.
Tratamento botânico - no período de agosto/1993 a janeiro/1995 foram realizadas expedições científicas mensais para coleta de material botânico e observações de campo de diversas áreas da Reserva. Os espécimes foram coletados em percurso feito ao longo das Estradas do Comércio, do Macuco, da Boa Esperança e Barrelão, em trilhas pré-existentes ou caminhadas sem orientação pré-estabelecida na mata, ou ainda em parcelas de 2m larg. por 25m compr., demarcadas no interior da floresta, como parte de um levantamento fitossociológico. As observações de campo foram minuciosas, para que pudessem auxiliar efetivamente na identificação das espécies. As técnicas de coleta e processamento do material botânico seguiram as recomendações de Fidalgo & Bononi (1984), e a incorporação foi feita no acervo do Herbário RBR, do Departamento de Botânica da UFRRJ.
A identificação taxonômica dos espécimes foi realizada por meio de bibliografia especializada, consulta a especialistas e comparação com as coleções depositadas nos Herbários da UFRRJ (RBR), do Museu Nacional do Rio de Janeiro (R), do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RB) e do Centro de Botânica do Rio de Janeiro da FEEMA (GUA). O conceito de indivíduo arbóreo foi baseado nos termos empregados por Martins (1993). Para cada material analisado foram preenchidas fichas, contendo as características morfológicas dos diversos órgãos vegetativos, além das observações contidas na etiqueta de campo de cada planta. As dimensões de todas as estruturas morfológicas foram realizadas com régua milimetrada e expressas em centímetros, utilizando-se folhas a partir do terceiro ou quarto nó, herborizadas. Os termos empregados na confecção da chave seguiram os conceitos de Hickey (1979) para a morfologia e tipo de venação da lâmina foliar; Theobald et al. (1979) para os tipos de tricomas; Wilkinson (1979) para os tipos de domácias; Font Quer (1985) e Stearn (1998) para as demais estruturas.
A montagem da chave foi realizada com base na identificação das plantas ao nível específico. As espécies tratadas foram divididas em três grupos principais, tendo como base a presença de folhas compostas (Chave I), de folhas simples com filotaxia oposta (Chave II) e de folhas simples com filotaxia alterna (Chave III). As espécies foram numeradas na chave de acordo com a ordem seguida na listagem geral (Tab. 1), onde os táxons incluídos foram listados em ordem alfabética de família, citando-se apenas o nome do primeiro coletor, seguido do número de coleta.
Resultados e discussão
A chave analítica apresentada consta de 109 espécies de dicotiledôneas arbóreas, distribuídas em 35 famílias botânicas (Tab. 1). As famílias mais ricas quanto ao número de espécies foram Rubiaceae, com 17 espécies; Leguminosae, com 11, sete destas pertencentes às Mimosoideae; Myrtaceae e Lauraceae, com nove e oito espécies, respectivamente. Estas mesmas famílias também foram levantadas por Rodrigues (1996), como as mais representativas em número de espécies.
Chave de identificação, baseada em caracteres vegetativos, para dicotiledôneas arbóreas da Reserva Biológica do Tinguá, RJ
Chave I
Chave II
Chave III
Chave I Plantas com folhas compostas
longo-acuminado.......................................... 8. Sparattosperma leucanthum
a agudo.............................................................. 6. Tabebuia chrysotricha
padrão camptódromo, broquidódromo (Fig. 1); domácias ausentes ................
............................................................................... 99. Galipea laxiflora
venação no padrão craspedódromo simples (Fig. 2); domácias em tufos de
pêlos nas axilas das nervuras secundárias com a nervura principal
7. Lâmina foliar densamente pilosa, margem com dentes profundos e
congestos, domácias evidentes (Fig. 3)..................101. Allophylus sericeus
7. Lâmina foliar glabrescente, margem com dentes reduzidos e espassados,
domáciasdiscretas............................................. 102. Allophylus petiolatus
translúcidas ausentes ........................................ 45. Swartzia myrtifolia
translúcidas presentes.................................... 44. Myrocarpus frondosus
13. Folhas com 13-28 jugas, glândula peciolar claviforme (Fig. 4) ................
.......................................................................... 43. Senna multijuga
capitadas
glândula urceolada entre cada par de folíolos (Fig. 5)...... 49. Inga edulis
pateliforme entre os pares de folíolos (Fig. 6).............. 48. Inga bullata
esparsa a glabrescente; glândula séssil, no pecíolo e entre o par de pinas
terminal (Fig. 8)....................................... 50. Piptadenia gonoacantha
glândula estipitada no pecíolo e ao longo de toda a raque
(Fig. 9)............................................................ 46. Acaciapolyphylla
glândulas entre o par de pinas terminal e no pecíolo; domácias ausentes....
............................................................ 51. Pseudopiptadenia contorta
entre os pares de pinas; domácias em tufos de pêlos na base da lâmina
foliar.................................................... 52. Pseudopiptadenia inaequalis
21. Tronco, ramos e folhas armados; tronco sem casca desfolhante; lâmina foliar
com pontuações translúcidas, margem crenada, glândula presente entre as
crenas (Fig. 10)............................................. 100. Zanthoxylum rhoifolium
21. Planta inerme; tronco com casca desfolhante; lâmina foliar sem pontuações
translúcidas e sem glândulas, margem serreada.......... 1. Astronium graveolens
craspedódromo
larg., elíptico, ápice agudo a acuminado................ 104. Cupania racemosa
obovado a obovado-oblongo, ápice obtuso a levemente retuso.................
.................................................................... 103. Cupania oblongifolia
cartácea, ápice acuminado, base assimétrica; peciólulos densamente
pilosos, não enegrecidos, não rugosos.................... 107. Picramnia ciliata
25. Folíolos não apresentando o conjunto de caracteres..........................
............................................................... 106. Picramnia glazioviana
ausentes....................................................... 60. Guareamacrophylla
domácias em tufos de pêlos............................... 61. Cabralea canjerana
Chave II Plantas com folhas simples, de filotaxia oposta a suboposta
............................................................................ 57. Miconia calvescens
3. Lâmina foliar com base cuneada; pecíolo glabro
4. Lâmina concolor, ápice curto-acuminado; pecíolo 1-2(2,5)cm compr.............
............................................................................... 56. Meriania glabra
................................................................................. 59. Miconia tristis
5. Pecíolo engrossado na porção distal e proximal (em forma de halteres) (Fig. 13);
lâmina foliar apresentando domácias em tufos de pêlos nas axilas das nervuras
secundárias................................................................. 21. Sloanea garckeana
8. Folhas congestas nas extremidades dos ramos; lâmina foliar concolor;
estípulas desenvolvidas......................................... 53. Byrsonimalaxiflora
8. Folhas não congestas; lâmina foliar discolor; estípulas reduzidas
9. Pecíolo 0,5-0,8cm compr., piloso, apresentando um a dois pares de
glândulas sésseis (Fig. 14).................................... 55. Tetrapteris glabra
..................................................................... 54. Tetrapteris discolor
....................................................................... 86. Chomelia estrellana
.............................................................................. 92. Randia armata
oxidação
persistentes; pecíolo não apresentando lenticelas; lâmina foliar e nervuras
de coloração esverdeada no material seco.................. 97. Simira viridiflora
persistente; pecíolo apresentando lenticelas; lâmina foliar e nervuras
apresentando coloração avermelhada no material seco.... 96. Simira glaziovii
secundárias arqueadas, proeminentes, coloração parda ........................
................................................................... 90. Psychotria pubigera
secundárias paralelas, tênues, ferrugíneas.......... 91. Psychotria vellosiana
.................................................................. 88. Faramea multiflora
1-1,5cm compr., abrindo-se ao longo das margens (Fig. 19) ...........
.................................................................... 93. Rudgea vellera
2,1-9cm compr, unidas entre si e abrindo-se somente por uma das
margens ................................................... 83. Bathysa cuspidata
membranácea .................................................. 95. Rustia gracilis
cartácea ...................................................... 94. Rustia formosa
extremidades; lâmina foliar obo-vada a romboidal ...........................
.................................................................. 82. Alseis floribunda
elíptica a lanceolada
compr., pilosas na região intercostal (Fig. 20) .............................
.............................................................. 85. Bathysa stipulata
forma de pá de pedreiro), não costadas, 0,7-0,9cm compr.,
densamente pilosas............................... 84. Bathysa gymnocarpa
extremidades dos ramos
(Fig. 21) ................................................................... 4. Malouetia martii
................................................................... 5. Tabernaemontana affinis
apresentando lenticelas nas extremidades dos ramos
nervura central em ângulo de aproximadamente 25º , paralelas entre si .....
......................................................................... 30. Clusia lanceolata
nervura central em ângulo de 45º ou mais......... 31. Tovomitops paniculata
domácias em tufos de pêlos nas axilas das nervuras secundárias com a nervura
principal ........................................................... 109. Trigonia eriosperma
da goiaba; lâmina foliar com pontuações translúcidas ou opacas e
freqüentemente com nervura marginal
............................................................ 70. Calypthranthes lanceolata
................................................................. 75. Gomidesia spectabilis
faces, de coloração esbranquiçada na face superior ..........................
................................................................... 76. Myrcia pubipetala
central canaliculada na face superior .........................................
..................................................... 78. Siphoneugenia densiflora
central não canaliculada............................. 74. Eugenia punicifolia
coloração esverdeada, pecíolo liso, enegrecido ...........................
............................................................... 73. Eugenia prasina
pardo-ferrugínea; pecíolo rugoso, pardo-ferrugíneo ......................
..............................................................72. Eugenia oblongata
(Fig. 22) ............................................... 77. Syzygium jambolanum
....................................................... 71. Campomanesia guaviroba
sem odor característico no material fresco, quando herborizadas
caducas e de coloração enegrecida
secundárias impressas na face inferior ............... 80. Guapira opposita
salientes na face inferior ....................................... 79. Guapira nitida
estriados; folhas com odor primitivo (de óleos essenciais) ou cítrico no
material fresco, quando herborizadas persistentes e de coloração
esverdeada
foliar oblongo-elíptica, margem íntegra .......... 63. Siparuna guianensis
lâmina foliar ovada, ovado-elíptica ou elíptica, margem serrada ou
crenado-serrada, presença de glândulas monimióides nos dentes ........
............................................................. 62. Mollinedia schottiana
Chave III Plantas com folhas simples, de filotaxia alterna
8-11 segmentos, os superiores maiores que os inferiores; pecíolo 34,5-39cm compr.
................................................................................ 64. Cecropia lyratiloba
pecíolo 13-18cm compr. ............................................ 67. Pourouma guianensis
actinódroma, glan-dulas sésseis na base da lâmina foliar, entre as nervuras
(Fig. 24) ............................................................... 25. Alchornea sidifolia
gema terminal dos ramos localizada entre apículo piloso, oposto à última
folha; glândulas ausentes .................................. 41. Cariniana estrellensis
glândulas
margem serrilhada ............................................. 29. Casearia sylvestris
serras, margem serreada ......................................... 27. Banara parviflora
................................................................................ 69. Virola oleifera
esbranquiçada no material seco; estípulas axilares, 0,3-0,8cm compr. ...........
.................................................................105. Chrysophyllum flexuosum
coloração característica no material seco; estípulas terminais, 0,5-1,6cm compr.
avermelhadas, glabrescentes ....................................... 65. Ficus enormis
castanhas, pilosas ...................................................... 66. Ficus trigona
acuminado .................................................. 23. Erythroxylum pulchrum
agudo .................................................... 22. Erythroxylum cuspidifolium
distribuídas por toda lâmina, principalmente próximo à nervura central
(Fig. 26) ................................................................. 26. Pera glabrata
(Fig.27) ...................................................... 24. Actinostemon concolor
secundárias com a nervura central (Fig. 28); pecíolo com pilosidade densa
nas porções distal e proximal ........................ 28. Carpotroche brasiliensis
pêlos simples na face superior; pecíolo piloso ....................................
.............................................................. 32. Lacistema pubescens
foliar e pecíolo glabros ............................... 15. Maytenus ardisiaefolia
ou subcuneada
intrapeciolares
secundárias 14-16 pares ................................. 16. Couepia venosa
até 12 pares
ambas as faces ......................................... 17. Hirtela hebeclada
glabras, com a pilosidade restrita ao mesofilo...... 19. Licania riedelii
inclusive nas nervuras ................................ 18. Licania octandra
localizadas lateralmente à inserção do pecíolo no ramo, caducas
(Fig. 29) ............................................... 10. Quararibea turbinata
..................................................................... 20. Stiffitia crysantha
raso-canaliculado
ranaleano ou de óleos essenciais), semelhante ao da canela; lâmina foliar
com pêlos esparsos nas folhas jovens, tornando-se glabras; nervuras
secundárias em até 13 pares, impressas ou não, logo encurvando-se ao
saírem da nervura principal; pecíolo frequentemente enegrecido no
material herborizado
secundárias saindo em ângulo de 70-90º com a nervura principal,
não curvas .................................................... 38. Ocotea elegans
secundárias saindo em ângulo de até 70º com a nervura principal,
curvas
claro-pardacenta na apical ........................ 36. Mezilaurus navalium
0,3-1cm compr.
compr., 4,0-7cm larg. ..................... 34. Cryptocaria moschata
larg. ........................................... 33. Cryptocaria micrantha
mais de 1cm compr.
menor ângulo que as do ápice, apro-ximadamente 35-45º .........
............................................... 37. Nectandra membranacea
50-70 o com a nervura central, ao longo de toda a folha
superior .......................................... 35. Licaria armeniaca
............................... 40. Phyllostemonodaphne geminiflora
até 16 pares, coloração parda, salientes em ambas as faces, paralelas
entre si até a margem onde só então se anastomosam, pecíolo
claro-pardacento no material seco ....................... 81. Heisteria silvanii
simples
pilosidade de coloração ferrugínea a castanha..... 2. Guatteria ferruginea
na face superior, pilosidade de coloração alva ...... 3. Xylopia frutescens
estrelados ou simples
nos ramos, no pecíolo e na base da nervura principal ..........................
............................................................... 108. Solanum castaneum
.................................................................11. Cordia sericicalyx
............................................................... 13. Cordia trichotoma
Agradecimentos
As autoras agradecem ao Conselho Nacional de Pesquisa e Tecnologia (CNPq), pela concessão de Bolsa à primeira Autora; aos professores, estagiários e bolsistas do Departamento de Botânica e de outros Departamentos da UFRRJ, pelo auxílio nas coletas e identificação das plantas; aos especialistas que auxiliaram na confirmação ou identificação taxonômica do material: Graziela Maciel Barroso, Haroldo C. de Lima, Jorge Pedro Carauta, José Fernando A. Baumgratz, Luci de Senna Valle, Lúcia d'Ávila Freire de Carvalho, Mario Gomes e Ronaldo Marquete; aos funcionários da Reserva Biológica do Tinguá, pelo profissionalismo e carinho com que sempre nos receberam.
Recebido em 23/04/2003. Aceito em 15/08/2003
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Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
23 Set 2004 -
Data do Fascículo
Jun 2004
Histórico
-
Aceito
15 Ago 2003 -
Recebido
23 Abr 2003