Polimorfismo Genético; Peptidil Dipeptidase A
Sr. Editor,
O relatório recente sobre " o polimorfismo genético da enzima conversora de angiotensina ( ECA)" é muito interessante. Albuquerque e cols.11. Albuquerque FN, Brandão AA, Silva DA, Mourilhe-Rocha R, Duque GS, Gondar AF, et al. Angiotensin-converting enzyme genetic polymorphism. Arq Bras Cardiol. 2013 Nov 26. [Epub ahead of print]. concluíram que "o genótipo DD foi independentemente associado à pior evolução ecocardiográfica, enquanto o genótipo DI, com melhor perfil de ecocardiografia". Na verdade, o polimorfismo da ECA é diferente em diferentes países e a relação com distúrbio clínico é amplamente mencionada22. Wiwanitkit V. Angiotensin-converting enzyme gene polymorphism: I and D alleles from some different countries. Clin Appl Thromb Hemost. 2004;10(2):179-82.. O estudo dos polimorfismos da ECA provou ser útil no tratamento de pacientes cardíacos, especialmente para a seleção de drogas cardíacas adequadas33. Yip VL, Pirmohamed M. Expanding role of pharmacogenomics in the management of cardiovascular disorders. Am J Cardiovasc Drugs. 2013;13(3):151-62.. No entanto, a relação com a patologia cardíaca ainda é controversa. À semelhança do presente estudo, a anormalidade da função ventricular determinada pelo ECG foi proposta para inter-relação com o polimorfismo da ECA por Yu Jin et al44. Yu Jin, Kuznetsova T, Thijs L, Richart T, Stolarz-Skrzypek K, Yanping Liu, et al. Association of echocardiographic left ventricular structure with the ACE D/I polymorphism: a meta-analysis. J Renin Angiotensin Aldosterone Syst. 2011;12(3):243-53.. No entanto, o reduzido tamanho da amostra dos estudos publicados11. Albuquerque FN, Brandão AA, Silva DA, Mourilhe-Rocha R, Duque GS, Gondar AF, et al. Angiotensin-converting enzyme genetic polymorphism. Arq Bras Cardiol. 2013 Nov 26. [Epub ahead of print].,44. Yu Jin, Kuznetsova T, Thijs L, Richart T, Stolarz-Skrzypek K, Yanping Liu, et al. Association of echocardiographic left ventricular structure with the ACE D/I polymorphism: a meta-analysis. J Renin Angiotensin Aldosterone Syst. 2011;12(3):243-53. é o principal obstáculo para uma conclusão . O efeito da raça na relação clínica do polimorfismo da ECA exige um estudo muito mais amplo para conduzir a conclusões22. Wiwanitkit V. Angiotensin-converting enzyme gene polymorphism: I and D alleles from some different countries. Clin Appl Thromb Hemost. 2004;10(2):179-82..
References
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1Albuquerque FN, Brandão AA, Silva DA, Mourilhe-Rocha R, Duque GS, Gondar AF, et al. Angiotensin-converting enzyme genetic polymorphism. Arq Bras Cardiol. 2013 Nov 26. [Epub ahead of print].
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2Wiwanitkit V. Angiotensin-converting enzyme gene polymorphism: I and D alleles from some different countries. Clin Appl Thromb Hemost. 2004;10(2):179-82.
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3Yip VL, Pirmohamed M. Expanding role of pharmacogenomics in the management of cardiovascular disorders. Am J Cardiovasc Drugs. 2013;13(3):151-62.
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4Yu Jin, Kuznetsova T, Thijs L, Richart T, Stolarz-Skrzypek K, Yanping Liu, et al. Association of echocardiographic left ventricular structure with the ACE D/I polymorphism: a meta-analysis. J Renin Angiotensin Aldosterone Syst. 2011;12(3):243-53.
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Errata
A Carta ao Editor "Polimorfismo Genético da Enzima Conversora da Angiotensina", publicada na edição de junho de 2014 dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia [Arq Bras Cardiol. 2014; 102(6): 611-612], sofreu as seguintes correções na carta -resposta: acrescentar a assinatura dos autores da carta-resposta "Felipe Neves de Albuquerque, Andréa Araujo Brandão, Dayse Aparecida da Silva, Ricardo Mourilhe-Rocha, Gustavo Salgado Duque, Alyne Freitas Pereira Gondar, Luiza Maceira de Almeida Neves, Marcelo Imbroinise Bittencourt, Roberto Pozzan, Denilson Campos de Albuquerque."
Carta-resposta
Realmente, a limitação do tamanho da amostra é um viés universal em todos os polimorfismos genéticos na insuficiência cardíaca, e no genótipo ECA não foi diferente. A metanálise por Bai e cols.11. Bai Y, Wang L, Hu S, Wei Y. Association of angiotensin-converting enzyme I/D polymorphism with heart failure: a meta-analysis. Mol Cell Biochem. 2012;361(1-2):297-304. com 17 estudos diferentes incluiu 2.453 casos (i.e. pacientes com insuficiência cardíaca ) de todo o mundo, com apenas 60,3 % de indivíduos de raça branca. O autor concluiu que não houve associação entre o genótipo da ECA DD e o risco de falha cardíaca. A origem étnica diferente dessas populações é uma das razões para a falta de associação e, quando analisados individualmente, alguns desses estudos22. Candy GP, Skudicky D, Mueller UK, Woodiwiss AJ, Sliwa K, Luker F, et al. Association of left ventricular systolic performance and cavity size with angiotensin-converting enzyme genotype in idiopathic dilated cardiomyopathy. Am J Cardiol. 1999;83(5):740-4.,33. Raynolds MV, Bristow MR, Bush EW, Abraham WT, Lowes BD, Zisman LS, et al. Angiotensin-converting enzyme DD genotype in patients with ischaemic or idiopathic dilated cardiomyopathy. Lancet. 1993;342(8879):1073-5. encontraram uma relação entre o genótipo da ECA e o risco de falha cardíaca. Ainda mais importante é a relação entre os marcadores substitutos de progressão da doença - parâmetros do ecocardiograma - e os genótipos já que os resultados clínicos serão muito difíceis de provar com o tamanho da amostra dessas populações (que teria que ser de milhares e não centenas). Andersson e cols.44. Andersson B, Blange I, Sylvén C. Angiotensin-II type 1 receptor gene polymorphism and long-term survival in patients with idiopathic congestive heart failure. Eur J Heart Fail. 1999;1(4):363-9., por exemplo, encontraram uma relação de parâmetros ecocardiográficos e os polimorfismos genéticos da ECA. Em conclusão, parece que todos esses estudos combinados não têm poder estatístico para responder de forma definitiva à relação entre o prognóstico de insuficiência cardíaca e os polimorfismos genéticos da ECA. Contudo, parece que estamos no caminho certo e vamos ter que continuar nele com um número muito superior de pacientes.
Atenciosamente,
Felipe Neves de Albuquerque
Andréa Araujo Brandão
Dayse Aparecida da Silva
Ricardo Mourilhe-Rocha
Gustavo Salgado Duque
Alyne Freitas Pereira Gondar
Luiza Maceira de Almeida Neves
Marcelo Imbroinise Bittencourt
Roberto Pozzan
Denilson Campos de Albuquerque
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1Bai Y, Wang L, Hu S, Wei Y. Association of angiotensin-converting enzyme I/D polymorphism with heart failure: a meta-analysis. Mol Cell Biochem. 2012;361(1-2):297-304.
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2Candy GP, Skudicky D, Mueller UK, Woodiwiss AJ, Sliwa K, Luker F, et al. Association of left ventricular systolic performance and cavity size with angiotensin-converting enzyme genotype in idiopathic dilated cardiomyopathy. Am J Cardiol. 1999;83(5):740-4.
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3Raynolds MV, Bristow MR, Bush EW, Abraham WT, Lowes BD, Zisman LS, et al. Angiotensin-converting enzyme DD genotype in patients with ischaemic or idiopathic dilated cardiomyopathy. Lancet. 1993;342(8879):1073-5.
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4Andersson B, Blange I, Sylvén C. Angiotensin-II type 1 receptor gene polymorphism and long-term survival in patients with idiopathic congestive heart failure. Eur J Heart Fail. 1999;1(4):363-9.
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
Jun 2014
Histórico
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Recebido
03 Dez 2013 -
Revisado
23 Jan 2014 -
Aceito
23 Jan 2014