Resumo
Fundamento
Dados sobre Parada Cardiorrespiratória extra-hospitalar ainda são escassos, muito variados e indicam mau prognóstico para eventos traumáticos.
Objetivos
Descrever a sobrevivência extra/intra-hospitalar, o tempo de sobrevivência e as condições neurológicas dos atendidos por unidades de suporte avançado à vida e submetidos a ressuscitação cardiopulmonar e comparar os resultados das paradas cardiorrespiratórias de natureza clínica e traumática.
Métodos
Estudo de coorte, realizado em três etapas, nas duas primeiras, os dados foram coletados em fichas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgências e prontuários, na terceira, foi aplicada a Escala de Categoria de Performance Cerebral. A casuística foi de vítimas reanimadas com idade ≥18 anos. Os testes de Fisher e log-rank foram empregados na comparação das causas, considerando nível de significância de 5%.
Resultados
Foram analisados 852 pacientes, 20,66% foram hospitalizados, 4,23% sobreviveram até transferência ou alta, 58,33% apresentaram desfecho favorável um ano após parada. Houve associação entre sobrevivência pré/intra-hospitalar e natureza da ocorrência (p=0,026), porém não houve diferença entre as curvas de sobrevivência, p=0,6.
Conclusões
A sobrevivência à hospitalização após parada cardiorrespiratória extra-hospitalar foi baixa, porém, a maioria dos sobreviventes à alta alcançaram desfecho favorável após um ano. O tempo de sobrevivência dos hospitalizados após eventos de natureza clínica e traumática foram similares, porém a sobrevida pré-hospitalar foi maior entre os traumatizados.
Parada Cardíaca; Parada Cardíaca Extra-Hospitalar; Reanimação Cardiopulmonar; Serviços Médicos de Emergência; Sobrevivência