Acessibilidade / Reportar erro

Associação do Valor Pan-Imune-Inflamatório com Desfechos de Longo Prazo na Insuficiência Cardíaca Agudamente Descompensada

Figura Central
: Associação do Valor Pan-Imune-Inflamatório com Desfechos de Longo Prazo na Insuficiência Cardíaca Agudamente Descompensada

Pacientes nos tercis de PIV e relação entre PIV e mortalidade por todas as causas. ICAD: insuficiência cardíaca agudamente descompensada; PIV: valor pan-imune-inflamatório.



Resumo

Fundamento

Embora tenha havido melhorias significativas no tratamento da insuficiência cardíaca (IC) nas últimas décadas, seu prognóstico permanece desfavorável. Embora existam muitos biomarcadores que podem ajudar a prever o prognóstico de pacientes com IC, há necessidade de biomarcadores mais simples, menos dispendiosos e mais facilmente disponíveis.

Objetivo

Avaliar o valor preditivo do valor pan-imune-inflamatório (PIV, do inglês pan-immune-inflammation value) em pacientes com IC agudamente descompensada.

Métodos

Analisamos 409 pacientes com IC com fração de ejeção reduzida internados por IC aguda descompensada. Os pacientes foram divididos em 3 grupos de acordo com os tercis de PIV: tercil 1 (PIV < 357,25), tercil 2 (PIV ≥ 357,25 e < 834,55) e tercil 3 (PIV ≥ 834,55). Foram considerados estatisticamente significativos valores de p < 0,05. Curvas de Kaplan-Meier e modelos de regressão de riscos proporcionais de Cox foram utilizados para avaliar a associação entre PIV e mortalidade por todas as causas. O desfecho primário foi mortalidade por todas as causas em 5 anos, e o desfecho secundário compreendeu a mortalidade por todas as causas intra-hospitalar em 30 dias, em 180 dias e em 1 ano

Resultados

Mostramos que valores mais elevados de PIV estavam associados a desfechos primários e secundários. A curva de Kaplan-Meier mostrou que pacientes com valores mais elevados de PIV apresentaram risco aumentado de mortalidade por todas as causas em curto e longo prazo (log-rank p < 0,001). Na análise multivariada, o PIV foi identificado como um preditor independente de mortalidade por todas as causas em longo prazo em pacientes com IC aguda descompensada, e observamos um aumento de 1,96 vezes no risco de um evento (razão de chances: 1,96; intervalo de confiança de 95%: 1,330 a 2,908; p = 0,001).

Conclusões

Nosso estudo mostrou que o novo biomarcador PIV pode ser usado como preditor de prognóstico em pacientes com IC aguda descompensada.

Mortalidade; Biomarcadores; Insuficiência Cardíaca Sistólica

Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC Avenida Marechal Câmara, 160, sala: 330, Centro, CEP: 20020-907, (21) 3478-2700 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil, Fax: +55 21 3478-2770 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revista@cardiol.br