Resumo
Fundamento:
Insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada é uma síndrome caracterizada por alterações da função diastólica mais prevalente em idosos, mulheres e portadores de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e diabete melito. No início, entretanto, não revela sinais de congestão, identificando-se por remodelamento adverso, diminuição da capacidade de exercício e disfunção diastólica nos exames.
Objetivo:
Comparar variáveis ecocardiográficas e de doppler (Eco) e do teste cardiopulmonar de exercício (TCPE) - ergoespirométricas - entre duas amostras populacionais: indivíduos portadores dessa síndrome em estágio inicial e outra de saudáveis.
Métodos:
Vinte e oito pacientes ambulatoriais com diagnóstico de insuficiência cardíaca por critérios de Framingham, fração de ejeção > 50% e disfunção diastólica segundo a european society of cardiology (ESC), e 24 indivíduos saudáveis realizaram estudos de Eco e TCPE.
Resultados:
O grupo de pacientes apresentou volume atrial e massa ventricular esquerda indexadas, bem como as razões E/E’ e VAEi/A´ significativamente maiores, além de significativa redução do consumo máximo de oxigênio e incremento da inclinação da variável VE/VCO2, mesmo com semelhantes dimensões do ventrículo esquerdo, quando comparados à amostra dos saudáveis.
Conclusão:
Há diferenças significativas entre variáveis estruturais e funcionais analisadas nos estudos ao Eco e ao TCPE, comparando-se duas amostras populacionais: pacientes com estágio inicial de insuficiência cardíaca com fração de ejeção maior ou igual a 50% e outra de indivíduos saudáveis.
Palavras-chave:
Espirometria; Ecocardiografia; Insuficiência Cardíaca; Volume Sistólico; Pacientes Ambulatoriais