Resumo
Fundamento:
Os efeitos benéficos do elabela no sistema cardiovascular foram demonstrados em estudos.
Objetivo:
Comparar os níveis séricos de elabela de pacientes com oclusão total crônica (OTC) com pacientes controle com artérias coronárias normais e investigar se há correlação com o desenvolvimento colateral.
Métodos:
Estudo transversal e prospectivo. O estudo incluiu cinquenta pacientes (28,0% mulheres, idade média 61,6±7,3 anos) com OTC em pelo menos um vaso coronário e 50 pacientes (38% mulheres, idade média 60,7±6,38 anos) com artérias coronárias normais. Os pacientes do grupo OTC foram divididos em dois grupos: Rentrop 0–1, composto por pacientes com fraco desenvolvimento colateral e Rentrop 2–3, composto por pacientes com bom desenvolvimento colateral. Além da idade, sexo, características demográficas e exames laboratoriais de rotina dos pacientes, foram medidos os níveis de elabela.
Resultados:
As características demográficas e os valores laboratoriais mostraram-se semelhantes em ambos os grupos. Ao passo que o nível médio de NT-proBNP e troponina estava maior no grupo OTC, o nível médio de elabela estava menor (p<0,05 para todos). Na análise de regressão multivariada, os níveis de NT-proBNP e elabela foram considerados preditores independentes para OTC. Além disso, o nível de elabela apresentou-se estatisticamente maior em pacientes do grupo Rentrop 2–3 em comparação com os pacientes do grupo Rentrop 0–1 (p<0,05).
Conclusões:
Em nosso estudo, mostramos que o nível médio de elabela estava baixo em pacientes com OTC em comparação com pacientes normais. Além disso, constatamos que o nível de elabela é inferior em pacientes com desenvolvimento colateral fraco em comparação com pacientes com bom desenvolvimento colateral. (Arq Bras Cardiol. 2021; [online].ahead print, PP.0-0)
Palavras-chave:
Oclusão Total Crônica; Oclusão Coronária; Peptídeos; Elabela; Apelina; Angiografia Coronária; Angina Pectoris; Circulação Colateral