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QUE FATORES CONTRIBUEM PARA RETARDO DO ESVAZIAMENTO GÁSTRICO APÓS DUODENOPANCREATECTOMIA COM PRESERVAÇÃO PILÓRICA?

RESUMO

Racional:

O retardo do esvaziamento gástrico é a segunda complicação mais frequente após a realização da duodenopancreatectomia com preservação pilórica, aumentando o tempo de internação e custos hospitalares.

Objetivo:

Identificar fatores que contribuem para o aparecimento desse retardo nesse procedimento cirúrgico.

Método:

Noventa e cinco doentes foram submetidos à duodenopancreatectomia com preservação pilórica. Após análise retrospectiva dos prontuários observou-se que 60 apresentaram internação prolongada por complicações. Assim, utilizou-se a regressão logística uni e multivariada para análise de fatores preditores do retardo.

Resultados:

O retardo esteve presente em 65% (n=39) e a fístula pancreática em 38,3% (n=23). A análise univariada revelou que a presença de complicações pancreáticas (fístula pancreática, p=0,01), outras complicações intracavitárias com aparecimento de coleções abdominais (p=0,03) e hipoalbuminemia (p=0,06) foram os responsáveis, resultados estes também confirmados pela análise mutilvariada. Naqueles que apresentaram retardo sem causa determinada, observou-se que níveis elevados de bilirrubina total (p=0,01) e bilirrubina direta (p=0,01) poderiam estar relacionados a ele.

Conclusão:

O retardo do esvaziamento gástrico nos pacientes submetidos à duodenopancreatectomia com preservação pilórica é decorrente de complicações intracavitárias.

DESCRITORES:
Esvaziamento gástrico; Pâncreas; Piloro; Pancreaticoduodenectomia; Complicações pós-operatórias

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