RESUMO
Racional: Com a colocação de tela foi têm sido publicadas erosões e migrações para o lúmen esofagogástrico após correção de hérnia hiatal laparoscópica.
Objetivo: Apresentar manobras cirúrgicas que buscam diminuir o risco dessa complicação.
Método: Sugerimos mobilizar o saco de hérnia do mediastino e levá-lo à posição abdominal com o suprimento sanguíneo intacto, a fim de girá-lo para trás e ao redor do esôfago abdominal. O objetivo é cobrir a malha colocada sobre a forma “U” para reforçar a sutura da crura haital.
Resultados: Realizamos reparo laparoscópico de hérnia hiatal em 173 pacientes (grupo total). Complicações pós-operatórias precoces foram observadas em 35 pacientes (27,1%) e um morreu (0,7%) devido a tromboembolismo pulmonar maciço. Cento e vinte e nove pacientes foram acompanhados por média de 41+28 meses. A colocação da tela foi realizada em 79 desses pacientes. O saco remanescente foi girado atrás do esôfago para cobrir a superfície da tela. Nesse grupo, complicações tardias foram observadas em cinco pacientes (2,9%). Não observamos erosão da tela ou migração dela para o lúmen esofagogástrico.
Conclusão: A técnica proposta pode ser útil para prevenir a erosão e a migração para o esôfago de telas na correção de hérnias hiatais.
DESCRITORES: Hénia hiatal; Laparoscopia; Telas cirúrgicas; Prevenção