RESUMO
Racional:
O uso cada vez mais intenso da tecnologia aplicado à cirurgia em vídeo e o advento das plataformas robóticas, aceleraram o uso de modelos virtuais no treinamento de habilidades cirúrgicas.
Objetivo:
Avaliar o desempenho dos médicos residentes em um serviço de cirurgia geral em colecistectomia vídeo simulada laparoscópica em um centro de realidade virtual para entender se o treinamento de realidade virtual é suficiente para equipará-lo às habilidades adquiridas no centro cirúrgico.
Método:
Estudo observacional transversal com 25 residentes de cirurgia geral do primeiro e segundo anos. Cada residente realizou três colecistectomias videolaparoscópicas com supervisão em um simulador. O melhor desempenho foi avaliado no estudo. O número total de complicações e tempo total do procedimento foram avaliados de forma independente. Os grupos foram definidos de acordo com o tempo total de prática (G1 e G2) e o ano de residência (R1 e R2), os quais foram analisados isoladamente.
Resultados:
Vinte e um médicos residentes médicos concluíram as 3 práticas, com 4 perdas de seguimento e praticaram uma média de 33,5 h. Diminuição das lesões em estruturas importantes foi identificada após nível de proficiência de 60%, que todos os participantes obtiveram independentemente da experiência anterior in vivo. Não houve diferença significativa entre os resultados dos grupos R1 e R2.
Conclusões:
O aprendizado dos grupos R1 e R2 pode ser considerado igual, independentemente de a prática anterior ser majoritariamente in vivo (R2) ou em realidade virtual (R1). Assim, é possível considerar que as habilidades cirúrgicas adquiridas a partir do treinamento virtual são capazes de equiparar a proficiência dos residentes de primeiro e segundo ano, sendo fundamental para aumentar a segurança dos pacientes e homogeneizar o aprendizado de procedimentos cirúrgicos básicos.
DESCRITORES:
Treinamento por simulação; Cirurgia geral; Educação Médica