RACIONAL:
O tratamento do GIST tem se aprimorado muito na última década através das pesquisas biomoleculares e o uso adjuvante dos inibidores das tirosinas quinases. Entretanto, nos hospitais públicos brasileiros nem sempre são disponíveis tais ferramentas.
OBJETIVO:
Avaliar o perfil dos pacientes portadores de GIST em hospital público oncológico.
MÉTODOS:
Análise retrospectiva de todos os casos de GIST tratados no período de 2001 a 2013.
RESULTADOS:
Analisaram-se 69 pacientes, com média de idade de 59 anos e com discreto predomínio no sexo feminino (51%). A principal forma de apresentação clínica foi dor abdominal associada com achado de exame de imagem. A ocorrência de outra neoplasia associada foi de 28,8%. A positividade do CD117 foi de 97,1%. A localização mais frequente foi o estômago em 55,1%. A ressecção R0 foi possível em 63,8% dos casos e a taxa de recidiva foi de 20,3%, sendo fígado e peritôneo os sítios principais acometidos. A sobrevida global na amostra toda foi de 71%. A taxa de sobrevida livre de doença foi de 64%. A utilização do imatinibe ficou restrita aos pacientes com doença residual (ressecção R2, R1 ou metastáticos), irressecáveis ou com recidiva.
CONCLUSÃO:
Afim de aprimorar o tratamento do GIST é necessário acrescentar a análise biomolecular à estratificação de risco. Porém, para que isto ocorra, políticas de incentivo e fomento na pesquisa biomolecular são necessárias, ampliando a possibilidade de sobrevida dos pacientes.
Tumores do estroma gastrointestinal; Taxa de sobrevida; Fatores de risco; Cirurgia