RESUMO
RACIONAL:
Em relação à inguinodinia, há que se perguntar se a não fixação da tela pela técnica da hernioplastia inguinal videolaparoscópica transbadominal pré-peritoneal teria os mesmos resultados em relação à fixação de telas com cola ou grampos. Além disso, a recorrência de hérnia é outro aspecto a ser avaliado na comparação entre as técnicas de não fixação e de fixação com tela (grampos e cola).
OBJETIVOS:
Avaliar a incidência, qualidade da dor e recorrência em pacientes submetidos à técnica de hernioplastia inguinal laparoscópica (transbadominal pré-peritoneal), comparando a fixação da tela com grampos vs. com cola vs. sem fixação.
MÉTODOS:
Este é um trabalho prospectivo, duplo-cego, em que 63 doentes portadores de hérnia inguinal submetidos à hernioplastia inguinal videolaparoscópica pela técnica transbadominal pré-peritoneal foram randomizados em três grupos: no primeiro a tela não foi fixada; no segundo foi fixada por grampos; e no terceiro foi fixada com cola. Estes pacientes foram submetidos a questionários para avaliação de dor, sendo acompanhados por dois anos.
RESULTADOS:
O método de fixação da tela, assim como a não fixação dela não interferiu no aparecimento da dor crônica pela Escala Visual Analógica; porém, os que foram submetidos à fixação por grampos tiveram mais descritores e índice de dor pela escala de McGill. Não foram observadas recidivas herniárias.
CONCLUSÕES:
O método de fixação da tela na técnica transbadominal pré-peritoneal não influencia no aparecimento da inguinodinia. A não fixação teve os mesmos resultados em termos de dor e recidiva, tornando-se alternativa terapêutica a ser considerada, pois não acarretou recidivas.
DESCRITORES:
Hérnia Inguinal; Dor Crônica; Laparoscopia; Recidiva