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COMPLICAÇÕES IMEDIATAS APÓS 88 HEPATECTOMIAS - SÉRIE CONSECUTIVA BRASILEIRA

RESUMO

Racional:

No Brasil as hepatectomias têm sido cada vez mais indicadas e realizadas, apresentando grandes diferenças relacionadas às complicações imediatas.

Objetivo:

Avaliar as complicações pós-operatórias imediatas em uma série de 88 ressecções hepáticas abertas.

Método:

Foi utilizada uma base de dados prospectiva de pacientes submetidos à hepatectomias consecutivas em nove anos. As complicações pós-hepatectomia seguiram a Classificação de Clavien-Dindo, sendo consideradas complicações maiores aquelas as quais apresentaram grau igual ou maior que 3. Foram consideradas hepatectomias maiores as ressecções hepáticas que envolveram três ou mais segmentos hepáticos ressecados.

Resultados:

Oitenta e quatro pacientes foram submetidos a 88 hepatectomias, sendo a maioria ressecções hepáticas menores (50 casos; 56,8%). A maior parte dos pacientes apresentou doença maligna (63 casos; 71,6%). O tempo médio de internação foi de 10,9 dias (4-43). A taxa de morbidade e mortalidade global foi, respectivamente, de 37,5% e 6,8%. As duas complicações gerais imediatas mais frequentes foram as coleções intraperitoneais (12,5%) e o derrame pleural (12,5%). Já as complicações específicas das hepatectomias - sangramento, fístula biliar e insuficiência hepática - foram respectivamente de 6,8%, 4,5% e 1,1% dos casos.

Conclusão:

Os pacientes operados na segunda metade da presente casuística tiveram melhores resultados influenciados, aparentemente, pela maior experiência cirúrgica, modificação do método de secção do parênquima hepático e maior preservação do fígado.

DESCRITORES:
Hepatectomia; Complicações pós-operatórias; Morbidade; Mortalidade

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