RESUMO
Introdução: A cirurgia bariátrica tem-se mostrado alternativa para o insucesso dos métodos conservadores de emagrecimento. Pacientes submetidos à ela têm aumento do risco de 6,5% de problemas relacionados ao álcool.
Objetivo: Realizar revisão integrativa para verificar alteração do consumo de álcool neste público.
Método: A base de dados Science Direct, PubMed, Lilacs, Medline e busca manual foram acessadas entre os meses de junho de 2015 a janeiro de 2016 com os descritores “cirurgia bariátrica” e “alcoolismo” e equivalentes em inglês Os critérios de inclusão foram publicações entre junho de 2005 a janeiro de 2016, relacionadas à cirurgia bariátrica e ao consumo de álcool. Foram excluídas teses, dissertações, trabalhos não publicados, relatos de casos e estudos teóricos.
Resultado: No ano de 2005 houve somente uma revisão relacionada à alteração do metabolismo do álcool em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. Não houve publicações em 2006. Em 2007, houve uma publicação fora dos critérios deste trabalho. Em 2010 observou-se aumento de publicações em 13% e 20% em 2012, atingindo 40% em 2013.
Conclusão: A prevalência e a incidência do consumo de álcool em relação ao tempo de pós-operatório foram de seis meses a três anos com maior incidência em homens. O bypass gástrico em Y-de-Roux apresentou maior associação ao aumento do consumo de álcool durante o pós-operatório. Este e outros estudos mostraram que o consumo de álcool se mostrou importante e deve ser enfrentado como potencial problema no seguimento em longo prazo após operação bariátrica.
DESCRITORES: Transtornos relacionados ao uso de sustâncias; Cirurgia bariátrica; Alcoolismo
ABSTRACT
Background: Bariatric surgery has been an alternative when conservative methods of weight loss fail. Patients undergoing bariatric surgery have an increased risk of up to 6.5% of problems related to alcohol.
Objetive: To review the literature about the changes on alcohol consumption in this public.
Method: Database was accessed from June of 2015 to January of 2016 by searching “bariatric surgery” AND “alcoholism”, and their Portuguese equivalents. Science Direct, PubMed, Lilacs and Medline, besides manual search, were searched. To be included, the paper should have been published between 2005-2016 and related to bariatric surgery and alcoholism. Theses, dissertations, unpublished papers, case reports and theoretical studies were excluded. In 2005 there was only one review of change in alcohol metabolism in patients undergoing bariatric surgery. There were no publications in 2006. In 2007, only one study was published, and it did not meet the inclusion criteria. In 2010, there was an increase of 13% in publications and of 20% in 2012, reaching 40% in 2013.
Conclusion: The prevalence and incidence of alcohol consumption in relation to the postoperative time was six months to three years with higher incidence in men. Roux-en-Y gastric bypass showed greater association with increased alcohol consumption during the postoperative period. This and other studies showed that the pattern of alcohol consumption is important to be faced as a problem in bariatric surgery follow-up.
HEADINGS: Substance-related disorders; Bariatric surgery; Alcoholism.
INTRODUÇÃO
Cerca de 3,4 milhões de mortes de adultos anualmente referem-se a casos de obesidade e a prevalência de obesidade adulta é de 11% globalmente sendo 35% somente nos Estados Unidos1.
Nos casos em que os pacientes não apresentam respostas positivas às tentativas de emagrecimento convencionais, tem-se buscado a cirurgia bariátrica 24(CB)
Visando melhor condição de saúde com seguimento de padrões rigorosos para ser realizada, a CB tem-se mostrado como alternativa para o tratamento eficaz da obesidade mórbida desde que o paciente apresente índice de massa corporal (IMC) ≥ 40 kg/m2, ou IMC≥35 kg/m2 associado à comorbidades (diabete, apneia do sono, hipertensão arterial, dislipidemia, doença coronariana e osteoartrite), fracasso de métodos conservadores de emagrecimento bem conduzidos, ausência de consumo de álcool e de doenças psiquiátricas21.
Uma situação a ser conduzida antes e depois da intervenção cirúrgica, em que se deve dar maior atenção, é a relação do uso e consumo de álcool nos pacientes submetidos à CB para perda de peso11,16 pelo aumento no risco de até 6,5% no desenvolvimento de problemas relacionados ao abuso de álcool26.
Dentre os problemas, destaca-se a possibilidade de transferência do comer compulsivo pela modalidade de compulsão por abuso de álcool. As prevalências indicam aumento de 7.6% para 9.6% em 12 meses de pós-operatório15. Por outro lado, há intencionalidade para o problema adquirido2,16.
Um desafio ou dificuldade no processo de reabilitação e que, o uso desta substância psicoativa impede o regular controle glicêmico5 provoca intoxicações/ alterações com menor dosagem comparada ao período anterior à realização da operação15.
Em torno deste problema de pesquisa surge à necessidade de realizar revisão integrativa sobre consumo de álcool em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica estabelecendo-se a seguinte questão norteadora: “O padrão do consumo de álcool em pacientes submetidos à CB é alterado? O que as investigações acerca do tema revelam?”.
O objetivo desta revisão consistiu em sistematizar o conhecimento científico produzido acerca do padrão de consumo de álcool em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica entre os anos de 2005 a 2016.
MÉTODO
Utilizou-se as seguintes bases de dados: Science Direct, Public/Publisher Medline (Pubmed), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MedLine).
A pesquisa foi realizada entre os meses de junho a agosto de 2015, simultaneamente por dois pesquisadores. Utilizou-se a terminologia em saúde consultada em descritores em Ciências da Saúde (Decs) e, no Medical Subject Headings (MesH), com a identificação dos respectivos descritores: Bariatric Surgery “and” Alcoholism. Posteriomente, com os artigos selecionados, realizou-se a busca manual (hand-search) nas referências dos mesmos.
Na seleção dos manuscritos, estabeleceram-se os critérios de inclusão: resultados de pesquisas que abordassem a temática, isto é a relação entre o consumo de álcool em pacientes que realizaram a CB; oriundas de investigações de campo como artigos originais e short comunication; as publicações entre os anos de 2005 a 2016 e, divulgadas em língua inglesa, espanhola e portuguesa. Foram excluídas teses, dissertações, trabalhos não publicados, relatos de casos e estudos teóricos. Foram excluídos manuscritos que se repetiam nas bases de dados.
Os estudos foram catalogados em planilha de Excel 2007® com registros de informações orientados pelo instrumento de coleta de dados contendo: título, autores/ano, periódico, ano de publicação, objetivo, desenho do estudo, população, nível de evidência e principais resultados encontrados e conclusões do estudo.
Em relação ao nível de evidência foi atribuído conforme a classificação pelo delineamento da pesquisa em sete categorias: 1) no nível 1 classificam-se revisões sistemáticas ou metanálises e relevantes ensaios clínicos randomizados; estudos controlados ou oriundos de diretrizes clínicas baseadas em revisões sistemáticas de ensaios clínicos randomizados controlados; 2) no nível 2, englobam-se evidências derivadas de pelo menos um ensaio clínico randomizado controlado bem delineado; 3) no nível 3, as evidências obtidas de ensaios clínicos bem delineados sem randomização; 4) no nível 4 as evidências provenientes de estudos de coorte e de caso-controle bem delineados; 5) no nível 5 as evidências originárias de revisão sistemática de estudos descritivos e qualitativos; 6) no nível 6 as evidências derivadas de um único estudo descritivo ou qualitativo; 7) no nível 7 as evidências oriundas de opinião de autoridades e/ou relatório de comitês de especialistas19.
Após esta etapa passou-se para a análise observacional, com avaliação dos principais tipos de estudos realizados, relação do consumo de álcool ao tipo de procedimento realizado; verificação da prevalência do consumo de álcool no pós- operatório e procedimentos intervencionistas de maneira a atenuar o consumo de álcool durante o pós-operatório.
As informações sobre alterações do padrão de consumo de álcool e abuso de substâncias nos pacientes que realizaram a CB foram organizadas, formando assim, um banco de dados com intuito de facilitar o acesso as principais pesquisas desenvolvidas sobre esta temática.
RESULTADOS
No Pubmed foram encontrados inicialmente 33 artigos e, após análise observacional, foram selecionados 10. As temáticas abordadas pelos artigos foram: caracterização da prevalência do consumo do álcool pré e pós-operatória com verificação dos preditores independentes; descrição dos fenótipos de transtorno por abuso de álcool através do AUDIT e análise da relação entre o grau de perda de peso e a incidência do AUDIT.
Na base de dados Science Direct foram selecionados inicialmente 53 artigos e após análise observacional foram selecionados quatro que atendiam aos requisitos da presente revisão. As temáticas abordadas destacaram a verificação da alteração do metabolismo do álcool após bypass; caracterização do consumo de álcool pré e pós-operatório com seguimento de dois anos da olperação e determinação dos fatores associados e absorção de álcool antes e após gastrectomia laparoscópica vertical.
Nas bases de dados Lilacs e Medline foram encontrados respectivamente quatro e 15 artigos, porém os artigos apresentaram-se duplicados.
Através da busca manual dois artigos foram selecionados. Os temas abordaram a avaliação prospectiva da relação entre o consumo de álcool e tabagismo em pacientes em pré e pós-operatório através do AUDIT e análise da sensibilidade dos pacientes ao consumo de álcool após a operação bem como as alterações do padrão de consumo durante o pós-operatório bariátrico.
Ao total foram selecionados 16 artigos com descrição do título, objetivos, nível de evidência, instrumentos utilizados, número de participantes e os principais aspectos e resultados obtidos em cada estudo.
A Figura 1 demonstra os principais estudos dos últimos 10 anos relacionados ao consumo de álcool em pacientes que realizaram a cirurgia bariátrica com ênfase nos objetivos, evidências científicas, instrumentos utilizados nos estudos, número de participantes e principais características e resultados encontrados.
Em 2005 houve somente uma revisão em relação ao consumo de álcool em pacientes que realização da operação por bypass e grupo controle6. Em 2006 não houve publicações. No ano de 2007 observou-se um estudo quantitativo que sugere precaução em relação ao consumo de álcool em pacientes que realizaram o bypass14. Em 2009 encontrou-se um estudo observacional interventivo que não foi incluído na revisão por encontrar-se fora dos critérios da presente revisão9.
A partir do ano de 2010 iniciou-se aumento do número de publicações com prevalência de 13%18,26 e prosseguimento do crescimento no ano de 2012 com 20% de publicações10,15,28.
O ano de maior percentual de publicações foi o de 2013 com prevalência de 40%2,7,16,17,23,29.
A partir de 2013 houve crescimento do número de estudos longitudinais (nível de evidência IV) com o objetivo de responder por meio de metodologias mais robustas e de maior cunho científico as alterações do padrão de consumo, a associação do tipo de procedimento ao consumo de álcool e atitudes intervencionistas de aconselhamento em relação da diminuição do consumo de álcool durante o pós-operatório3,7,8,16,17,23
DISCUSSÃO
Os estudos em relação ao uso de substâncias psicoativas em pacientes submetidos à CB mostram limitação do ponto de vista do tamanho da amostra, em que 53% dos estudos analisados apresentam média de 90 participantes2,7,11,17,18,26,27,28 acrescidos da restrição de não serem consideradas amostras probabilísticas ou de base populacional. Além de cinco estudos que se orientaram por coleta de dados retrospectivos que podem interferir na qualidade das informações que fica na dependência da qualidade de registros anteriores8,11,26,28,29.
Igualmente, as limitações metodológicas são observadas, uma vez que 33% dos estudos são de corte transversal em que inviabiliza a causalidade entre efeito e exposição/incidência5,11,18,26,28. Contudo, apontam fatores associados relevantes para a produção de conhecimento acerca desta temática.
Ao mesmo tempo, foram analisados 43% dos estudos de métodos epidemiológicos robustos, como os longitudinais7,8,10,15,16,17,23,29 e um com amostra de base populacional23. Ainda em relação aos métodos, ressalta-se a existência de um estudo de abordagem qualitativa2.
Na continuidade da análise das investigações destacam-se as indicações para a operação e, em consonância com o objetivo da presente revisão, buscou-se por meio das orientações da Sociedade Americana de Cirurgia Bariátrica e Metabólica no sentido de elencar os critérios de “alto risco” que contraindicam o procedimento. Entre eles há o histórico abusivo de substâncias psicoativas; uso regular de álcool pré-cirurgia; realização do procedimento RYGB e tabagismo21.
Dos critérios de alto risco tem-se observado preocupação em verificar a real prevalência do abuso de álcool durante o pós-operatório5,11,15,16,28. Há evidências de que 3,0%11 dos indivíduos que se submeteram ao procedimento cirúrgico irão desenvolver problemas decorrentes ao uso de álcool, ao mesmo tempo observou-se incidência de consumo de bebida alcoólica em 4.9%8, e variação da prevalência de 6%15 a 6,5 % no pós-cirúrgico26.
Do ponto de vista do padrão do consumo de álcool durante o pós-operatório descreveram-se as alterações neste período5,11,18,26,28. Em relação às prevalências mais elevadas existe correlação do uso de álcool com o tempo de pós-operatório, com aumento de 2% em dois anos15.
A relação de tempo pós-operatório também foi descrita mediante um estudo que apontou menor prevalência de uso da substância no período de até seis meses de pós-cirúrgico, ao mesmo tempo os que consumiam mais a bebida alcoólica encontravam se em prazo superior a um ano do procedimento. Tal fato pode ser justificado pelo desencorajar da ingestão de bebida alcoólica no período anterior há seis meses5.
Ainda em referência à alteração no padrão de uso de álcool salienta-se o seu aumento descrito em 33% dos estudos transversais selecionados7,15,16,23,28 em contrapartida aos 13% de estudos de redução do consumo de álcool após10, mais precisamente, em estudo longitudinal, estimou-se diminuição de 9.1% deste hábito17.
Ambos os estudos que abordaram a redução do uso de álcool pós-operatório de redução de peso referiram-se a pacientes submetidos ao RYGB10,14. Todavia são análises passionais, com indivíduos ou banco de dados que apenas continham pacientes que passaram exclusivamente por tal procedimento cirúrgico. Em 40% dos estudos desta revisão submetidos à técnicas variadas houve resultados divergentes, isto é, identificaram-se aumento no consumo de álcool no pós-operatório com RYGB7,8,15,23,27,28.
Outras alterações observadas relacionaram-se aos episódios hipoglicêmicos devido à redução da disponibilidade da glicose pela supressão da gliconeogênese, situação agravada pela ingestão de álcool5. Os indivíduos apresentaram maior sensibilidade aos efeitos do álcool5,23,27 resultando em intoxicação quanto à quantidade ingerida após a operação11. Também se constata aumento da prevalência de internações decorrente do consumo de álcool, em que homens buscam mais tratamento quando comparado às mulheres8. Contrariamente, foi observada maior prevalência de internação em pacientes bariátricos em mulheres e não fumantes26.
Outros apontamentos se referem à possibilidade da transferência da compulsão alimentar para o álcool o que fortaleceria a condição de dependência desta substância22,23. Em relação à associação do IMC ao consumo de álcool verificou-se que pacientes com IMC elevado apresentam maior probabilidade de desenvolverem consumo de álcool durante o pós-operatório17. Em outro estudo, identificou-se que a perda de peso apresenta-se como fator de risco em relação ao consumo de álcool durante o pós-operatório13.
Dos instrumentos utilizados nesta revisão para verificação do consumo de álcool aplicou-se o Alcohol Use Disorder Identification Test (AUDIT)2,3,7,8,15,16,17,28,29 nos estudos de com prevalência de 56,2%; questionário Self Report5,10,11,26 em 26,6%, nível de ar exalado AL 600018 em 6,6% e, registros em prontuários23 em 6,6% dos estudos. E por fim foi também realizada análise observacional interventiva representando 6,6% dos estudos27. Dos instrumentos utilizados nos artigos analisados, o AUDIT4, originalmente desenvolvido como um projeto colaborativo da World Health Organization, no final da década de 80 e validado no Brasil em 1999, configura-se na atualidade como uma das medidas mais empregadas em todo o mundo de triagem para detecção precoce de risco para o uso nocivo de álcool bem como o rastreamento do uso abusivo de álcool em amostras clínicas e da população em geral12,25.
O AUDIT foi utilizado de formas diferentes entre os estudos; existem aqueles que aplicaram este rastreador antes e depois da realização do procedimento cirúrgico15,17,29 em outros foi aplicado no momento da coleta de dados, gerando estimativas de risco ou dependência no momento da pesquisa7,8,28. Por último, o AUDIT foi aplicado comparando-se pacientes bariátricos com indivíduos não obesos sugerindo a realização de AUDIT preventivo em pacientes que forem submetidos ao RYGB8.
Por fim, ressalta-se a importância do aconselhamento pré-operatório em relação ao consumo de álcool como fator de proteção em relação ao risco do seu consumo abusivo16. Além de agregar conhecimento por parte dos pacientes em relação aos efeitos adversos do álcool, com vistas a uma menor intenção do consumo durante o pós-operatório, estudos observam ainda que a busca pela melhora da saúde serviu como motivação para redução do consumo de álcool7,16.
Todos os estudos analisados geraram variáveis para futuras pesquisas e levantaram o problema que circunda o processo de perda de peso e agravos à saúde em especial com o uso do álcool.
CONCLUSÕES
Em princípio há divergências relacionadas ao tempo de pós-operatório e ao gênero para o uso de álcool. Quanto ao tempo referiram-se variações de seis meses a três anos do pós-operatório. Quanto ao gênero houve indicações em ambos, contudo com maior ocorrência da busca de tratamento pelo uso de substâncias alcoólicas pelos homens.
No entanto houve consenso sobre a sensibilidade ao uso de álcool, que aumenta após a CB. Doses menores causam maior intoxicação comparada ao período anterior à operação. Do mesmo modo, as pesquisas induzem maior frequência na técnica RYGB; contudo, pode existir viés nessa interpretação, uma vez que se observa que este procedimento é o mais usual para o tratamento cirúrgico da obesidade, indicando a necessidade de estudos comparativos com as outras técnicas mais usuais.
Outra síntese relevante relaciona-se a transferência da compulsão alimentar para o consumo do álcool; porém, verificou-se que esta dimensão foi abordada teoricamente.
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Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
2018
Histórico
-
Recebido
18 Jan 2018 -
Aceito
06 Mar 2018