RESUMO
RACIONAL:
Uma das formas de evitar infecção após procedimentos cirúrgicos é por meio de profilaxia com antibióticos. Isso ocorre em colecistectomias com certos fatores de risco para infecção. No entanto, algumas diretrizes sugerem o uso de antibioticoprofilaxia para todas as colecistectomias, embora evidências atuais não indiquem benefício dessa prática na ausência de fatores de risco.
OBJETIVOS:
Avaliar a incidência de infecção em ferida operatória após colecistectomias laparoscópicas eletivas e o uso de antibioticoprofilaxia nesses procedimentos.
MÉTODOS:
Estudo retrospectivo de 439 pacientes com colecistite crônica e colelitíase, contabilizados os diferentes fatores de risco para infecção de ferida operatória.
RESULTADOS:
Ocorreram sete casos de infecção de ferida operatória (1.59%). Nenhum esquema de antibioticoprofilaxia alterou significativamente as taxas de infecção. Foi registrada correlação estatística significativa entre infecção de ferida operatória e pacientes do sexo masculino (p=0.013). Nenhum outro fator de risco analisado demonstrou correlação estatística com infecção de ferida operatória.
CONCLUSÕES:
O não emprego de antibioticoprofilaxia e outros fatores analisados não apresentaram correlação significativa para aumento na frequência de infecção na ferida operatória. Estudos com maior amostra e grupo controle sem antibioticoprofilaxia são necessários.
DESCRITORES:
Colecistite; Colelitíase; Colecistectomia; Laparoscopia; Infecção dos Ferimentos