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HÉRNIA FEMORAL: INCOMUM, MAS ASSOCIADA A COMPLICAÇÕES POTENCIALMENTE GRAVES

RESUMO

Racional:

Embora o acesso laparoscópico esteja se tornando o tratamento preferencial para a hérnia femoral, poucos são os estudos sobre esse importante assunto.

Objetivo:

Avaliar os resultados do acesso laparoscópico totalmente extraperitoneal no tratamento da hérnia femoral.

Métodos:

Os dados de 62 pacientes com hérnia femoral que foram submetidos a herniorrafia foram revisados ​​retrospectivamente. O diagnóstico foi estabelecido por exames clínicos e/ou de imagem em 55 pacientes e por achados laparoscópicos em sete.

Resultados:

Havia 55 (88,7%) mulheres e 7 (11,3%) homens, com proporção feminino/masculino de 8: 1. A média de idade foi de 58,9±15,9 anos (22-92). A maioria (n=53, 85,5%) apresentava hérnia única e o restante (n=9, 14,5%) bilaterais, perfazendo um total de 71 hérnias femorais operadas. Operações prévias no abdome inferior foram registradas em 21 (33,9%) pacientes. A conversão para procedimento pré-peritoneal transabdominal laparoscópico foi realizada em quatro (6,5%). Herniorrafia aberta foi necessária em dois pacientes (3,2%), um com fístula enterocutânea espontânea na região da virilha (hérnia de Richter) e o outro com perfuração incidental do intestino delgado adjacente que ocorreu durante a dissecção do saco herniário. Não houve mortalidade.

Conclusão:

A hérnia femoral é incomum e pode estar associada a complicações potencialmente graves. A maioria das hérnias femorais pode ser tratada com sucesso através do acesso laparoscópico totalmente extraperitoneal, com baixas taxas de conversão e complicações.

DESCRITORES:
Herniorrafia laparoscópica; Hérnia femoral; Hérnia na virilha; Laparoscopia totalmente extraperitoneal

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