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ESOFAGECTOMIA TRANS-HIATAL NÃO ESTÁ ASSOCIADA COM LINFADENECTOMIA DE BAIXA QUALIDADE

RESUMO

Racional:

No câncer esofágico a terapia neoadjuvante seguida de procedimento cirúrgico aumenta a probabilidade de sucesso do tratamento.

Objetivo:

Avaliar variáveis que podem influenciar o número de linfonodos recuperados, o número de linfonodos metastáticos recuperados e a recorrência linfonodal na esofagectomia após quimiorradioterapia neoadjuvante.

Métodos:

Os pacientes incluídos foram aqueles que terminaram terapia trimodal. Análises univariadas e multivariadas foram realizadas para avaliar as variáveis que pudessem influenciar no número de linfonodos recuperados e nos metastáticos recuperados.

Resultados:

Cento e quarenta e nove pacientes foram incluídos. O acesso por toracoscopia foi considerado fator independente para o número de linfonodos recuperados, mas não teve relação com o número de linfonodos positivos recuperados, nem com recorrência linfonodal. Resposta patológica completa no tumor primário e homens foram variáveis independentes associadas ao número de linfonodos positivos recuperados. A resposta patológica completa do tumor primário não acarretou em número menor de linfonodos recuperados.

Conclusão:

Em pacientes submetidos à esofagectomia após quimiorradioterapia neoadjuvante o acesso toracoscópico é mais preciso para estadiamento patológico, mesmo em resposta patológica completa. Com seleção adequada a esofagectomia trans-hiatal pode preservar a qualidade da linfadenectomia dos linfonodos positivos.

DESCRITORES:
Terapia neoadjuvante; Esofagectomia; Neoplasias esofágicas

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