Racional:
A reabilitação das complicações relacionadas à fase oral da alimentação decorrentes da gastroplastia é de competência do fonoaudiólogo para intervir nas funções de mastigação e deglutição, objetivando a qualidade de vida.
Objetivo:
Verificar a eficiência da estimulação da motricidade orofacial na prontidão para reintrodução da alimentação sólida em obesos mórbidos submetidos à gastroplastia no período pós-operatório.
Método:
Estudo do tipo transversal de caráter descritivo e quantitativo avaliou mastigação e qualidade de vida de 70 obesos mórbidos submetidos à gastroplastia, sendo que um grupo de 35 obesos sofreu intervenção fonoaudiológica.
Resultados:
Na avaliação da mastigação para o grupo 1 (pré e pós-intervenção fonoaudiológica), os resultados obtidos mostram que, à exceção da escassez de mastigação, as demais variáveis, como corte do alimento, tipo de mastigação, ritmo de mastigação, movimentos de mandíbula, tamanho do bolo alimentar, excesso de mastigação e ingestão de líquido, não demonstram significância estatística. Na avaliação da qualidade de vida, quando comparados os grupos 1 e 2, os resultados obtidos no questionário de qualidade de vida em disfagia (SWAL-QoL - Quality of Life in Swallowing) total e nos 11 domínios avaliados no questionário, demonstraram significância estatística. Com esses resultados, o grupo 2 apresentou condições desfavoráveis em relação à qualidade de vida.
Conclusão:
O protocolo de estimulação da motricidade orofacial na prontidão para reintrodução da alimentação sólida destes doentes no período pós-operatório não foi o fator diferencial do processo de reabilitação para o período observado.
Gastroplastia; Obesidade mórbida; Mastigação; Qualidade de vida; Fonoterapia