RESUMO - RACIONAL:
A adequada fixação da tela cirúrgica determina o sucesso de uma herniorrafia. Entender a resposta inflamatória e as propriedades mecânicas da tela contribui para definir se há superioridade de um método de fixação.
OBJETIVO:
Avaliar a cicatrização de defeitos em parede abdominal de ratos, comparando-se o reparo das telas de polipropileno macroporosas fixadas com cola cirúrgica e fio de polipropileno.
MÉTODOS:
Foi produzido defeito na parede abdominal de 20 ratos Wistar com integridade do peritônio parietal. Na correção, as telas foram fixadas com cola cirúrgica 2-octil cianoacrilato (C1) ou sutura (C2). Os dois subgrupos de 10 animais foram eutanasiados no 90º dia de pós-operatório e os fragmentos da parede abdominal foram submetidos a análise macroscópica, histológica e tensiométrica.
RESULTADOS:
A análise macroscópica não mostrou qualquer anormalidade. A tensiometria no 90º dia de pós-operatório no subgrupo C1 demonstrou tensão média de ruptura de 28,47N e no subgrupo C2 de 32,06N (p=0,773). O escore de processo inflamatório revelou que ambos os grupos se encontram na fase subaguda (p=0,380).
CONCLUSÃO:
A fixação de tela macroporosa de polipropileno para reparo de defeito em parede abdominal pode ser realizada com cola cirúrgica (2-octil cianoacrilato) ou sutura de polipropileno, sendo ambos os métodos igualmente eficazes.
DESCRITORES:
Hérnia; Parede abdominal; Cola cirúrgica; Telas cirúrgicas