RESUMO
Introdução:
O tumor estromal gastrintestinal (GIST) gástrico é neoplasia que cursa, por vezes, com apresentação assintomática, se manifestando como massa abdominal, relacionada a casos mais avançados. Esses, por sua vez, exigem tratamento com operações maiores e que cursam com mais alta morbimortalidade.
Objetivo:
Revisar e atualizar o tratamento do GIST gástrico, com enfoque na relevância do tratamento neoadjuvante.
Método:
Revisão da literatura utilizando a base de dados Medline/PubMed. Utilizaram-se os seguintes descritores: gastrointestinal stromal tumors, neoadjuvant therapy, imatinib mesylate e molecular targeted therapy. Dos artigos selecionados, 20 foram incluídos.
Resultados:
O tratamento cirúrgico é pilar fundamental para a cura do GIST. Entretanto, após a introdução do mesilato de imatinibe, classicamente utilizado como terapia adjuvante, houve mudança no manejo do GIST, permitindo aumento da sobrevida e diminuição da recorrência. A aplicação como terapia neoadjuvante é mais recente, e visa evitar procedimentos maiores sem, no entanto, prejudicar o resultado oncológico.
Conclusão:
A ressecção cirúrgica possui papel bem estabelecido no tratamento do GIST, inclusive com abordagem laparoscópica. O tratamento adjuvante com mesilato de imatinib, durante os primeiros três anos após a operação, mostra-se como opção segura para casos com elevado risco de recidiva. A terapia neoadjuvante é opção promissora para casos de tumor localmente avançado, permitindo ressecções menores e com menor morbimortalidade operatória.
DESCRITORES:
Tumores do estroma gastrointestina; Terapia neoadjuvant; Mesilato de imatini; Terapia de alvo molecula; Quimioterapia adjuvant