Racional:
A esquistossomose acomete três a quatro milhões de pessoas no Brasil, sendo a hemorragia digestiva por ruptura das varizes esofágicas a principal complicação da doença. O tratamento cirúrgico é empregado como profilaxia secundária em pacientes com história de hemorragia prévia. A cirurgia mais utilizada é a desconexão ázigo-portal mais esplenectomia, técnica com bons resultados, porém com índice de recidiva hemorrágica considerável, fazendo necessário o seguimento endoscópico destes pacientes.
Objetivo:
Analisar a evolução tardia dos pacientes no que se refere à recidiva hemorrágica e ao comportamento das varizes esofágicas quando submetidos à desconexão ázigo-portal mais esplenectomia e tratamento endoscópico pós-operatório.
Método:
Foram avaliados retrospectivamente 12 pacientes submetidos à desconexão ázigo-portal mais esplenectomia com acompanhamento endoscópico pós-operatório maior de cinco anos.
Resultados:
Todos tiveram redução significativa do calibre das varizes e nenhum paciente apresentou sangramento pós-operatório.
Conclusão:
A desconexão ázigo-portal mais esplenectomia diminuiu significativamente o calibre das varizes esofágicas quando associada ao tratamento endoscópico pós-operatório. Este tratamento foi efetivo para a profilaxia da recidiva hemorrágica.
Esquistossomose; Hipertensão portal; Cirurgia; Varizes Esofágicas e Gástricas