RESUMO
Racional:
Transplante hepático é tratamento de escolha para pacientes com doença hepática terminal. Os escores Balance of Risk Score (BAR), Survival Outcomes Following Liver Transplantation (SOFT) e o Donor Risk Index (DRI) são sistemas preditores de sobrevida após o transplante.
Objetivo
: Avaliar o escore de maior acurácia e o melhor ponto de corte de cada preditor na população brasileira.
Método
: Estudo retrospectivo transversal de 177 pacientes. Foram analisados dados sobre o receptor, doador e o transplante e calculados os escores prognósticos BAR, SOFT e DRI para cada transplante. Para a determinar os pontos de corte de BAR e SOFT, associados a óbito em três meses, foram ajustadas curvas ROC.
Resultados
: O melhor ponto corte para BAR foi 9 pontos com área sob a curva ROC=0,69 e para SOFT foi 12 pontos com área sob a curva ROC=0,73. O escore DRI não discriminou a sobrevida (p=0,139).
Conclusão:
O escore SOFT mostrou-se melhor do que o BAR para análise de sobrevida pós-transplante hepático, e o DRI não foi efetivo.
DESCRITORES:
Escores de disfunção orgânica; Transplante de fígado; Cirrose hepática; Análise de sobrevida; Índice de gravidade de doença