BACKGROUND:
Fundamentos: As onicomicoses são infecções fúngicas que representam mais de 50% de todas onicopatias e são consideradas por alguns autores a micose superficial de mais difícil tratamento. Poucos estudos foram feitos para investigar a epidemiologia da onicomicose no Brasil.
OBJETIVO:
Descrever perfil epidemiológico da onicomicose nos consultórios brasileiros de dermatologia. Também observar a etiologia, a freqüência da solicitação do exame micológico e a terapia empregada.
MÉTODOS:
Foi realizado um estudo descritivo e observacional no período de Maio a Julho de 2010. Participaram 38 dermatologistas de diferentes regiões do Brasil e foram incluídos 7852 pacientes.
RESULTADOS:
Dos 7852 pacientes, 28.3% apresentaram diagnóstico de onicomicose. Mulheres, maiores de 45 anos, praticantes de esportes, ou com histórico pessoal da doença, apresentaram chance maior de adquirir onicomicose. A doença foi mais frequente nos pés, sendo o hálux, o dedo mais acometido. Nas mãos, o primeiro dedo foi o mais atingido. Exame micológico não foi solicitado para todos os casos. Quando realizado, o fungo mais freqüente foi o Trichophyton rubrum. A lesão clinica mais comum foi a distal-lateral. Os tratamentos tópicos mais prescritos foram amorolfina e ciclopirox olamina, enquanto os sistêmicos foram o fluconazol e a terbinafina.
CONCLUSÃO:
Este estudo foi de fundamental importância para descrever o comportamento epidemiológico da onicomicose nos consultórios dermatológicos brasileiros e determinar fatores de risco, como gênero, idade, prática de esportes, antecedente pessoal de onicomicose e comorbidades. Esperamos contribuir na melhora da abordagem terapêutica e prevenção desta doença.
Brasil; Epidemiologia; Onicomicose