Pacientes com dermatite atópica têm fatores de risco geneticamente determinados que afetam a função de barreira da pele e as respostas imunes, as quais interagem com fatores ambientais. Clinicamente, isso resulta em uma pele intensamente pruriginosa, inflamada, que permite a penetração de irritantes e alérgenos e predispõe os pacientes à colonização e à infecção por micro-organismos. Dentre os diversos fatores etiológicos responsáveis pelo aumento da prevalência de doenças atópicas nas últimas décadas, o papel da vitamina D tem ganhado destaque. Uma vez que a patogênese da dermatite envolve uma interação complexa da disfunção da barreira epidérmica e desregulação da resposta imune - e a vitamina D está envolvida em ambos os processos-, é razoável esperar que a vitamina D esteja associada ao risco ou à gravidade da dermatite atópica. Tal associação é sugerida por dados epidemiológicos e experimentais. Nessa revisão, serão abordadas as evidências favoráveis e contrárias a essa polêmica relação, enfatizando os possíveis mecanismos etiopatogênicos envolvidos.
Defensinas; Deficiência de vitamina D; Dermatite atópica; Vitamina D