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Micose fungoide hipocromiante: uma revisão de seus aspectos clínicos e fisiopatológicos

Ultimamente diferentes formas clínicas da micose fungoide têm sido descritas. A micose fungoide hipocromiante pode ser considerada um subtipo da micose fungoide, apresentando algumas características peculiares que contrastam com os achados da forma clássica da micose fungoide. A maioria dos pacientes com micose fungoide hipocromiante são mais jovens que aqueles acometidos pela micose fungoide clássica. Esta variante é descrita principalmente em indivíduos melanodérmicos (afroamericanos e asiáticos). O prognóstico é melhor que o observado para a forma clássica: ao diagnóstico, os pacientes apresentam somente "patches", que tendem a perdurar por longos períodos, sem evolução para estágios mais avançados. O diagnóstico é feito através da correlação clinicopatológica: biópsia da lesão cutânea frequentemente revela intenso epidermotropismo, caracterizado por linfócitos CD8+ atípicos, grandes, com halo e núcleo convoluto, contrastando com o infiltrado dérmico leve a moderado. Estas células CD8+, que participam do perfil de resposta T helper-1, impediriam a evolução da doença para o desenvolvimento de placas infiltradas e tumores, além de determinar a inibição da melanogênese nas lesões hipocrômicas. Portanto, a hipocromia poderia ser considerada um marcador de bom prognóstico na micose fungoide.

Hipopigmentação; Linfoma cutâneo de células T; Linfócitos T CD8-positivos; Melanócitos; Micose fungóide


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