FUNDAMENTOS:
o crescente aumento do número dos transplantados renais tem favorecido o aparecimento mais frequente das dermatoses e permitido o estudo em sucessivos trabalhos.
OBJETIVOS:
avaliar a frequência das dermatoses em pacientes transplantados renais.
MÉTODOS:
captação de pacientes transplantados renais durante o período de 1° de março de 2009 a 30 de junho de 2010 com suspeita de dermatoses.
RESULTADOS
: foram avaliados 53 pacientes (28 homens e 25 mulheres), entre 22 e 69 anos (com uma média de 45 anos), a maioria procedente de Ceilândia, Samambaia e São Sebastião/DF, entre 5 e 10 anos de transplante renal (37,7%), sendo 62,3% receptor de doador vivo e 83% em uso de prednisona. As dermatoses mais prevalentes foram as de etiologia fúngica (45,3%) e viral (39,6%). Das neoplasias malignas não-melanoma, apesar da baixa incidência, predominou o carcinoma basocelular (seis casos). Com relação s dermatoses de origem fúngica, ocorreram 12 casos de onicomicoses, cinco casos de pitiríase versicolor e quatro casos de foliculite pitirospórica. Para realização do diagnóstico, na maioria dos casos (64,2%), foi utilizado os exames laboratoriais ( micológicos e histopatológicos).
CONCLUSÃO:
as manifestações cutâneas em pacientes transplantados renais são geralmente secundárias imunossupressão. As dermatoses infecciosas, principalmente as de etiologia fúngica, são frequentes em pacientes transplantados renais, e sua ocorrência aumenta progressivamente, conforme o tempo transcorrido, a partir do transplante, sendo importante o acompanhamento.
Imunossupressão; Onicomicose; Prednisona; Transplante de rim