FUNDAMENTOS:
Tem sido demonstrado que os neutrófilos, eosinófilos e monócitos, sob estímulo apropriado, podem expressar fator tecidual e, portanto, ativar a via extrínseca da coagulação. Realizamos um estudo transversal e caso-controle de pacientes com urticária crônica e pacientes com psoríase em nosso ambulatório para avaliar a produção de dímero-D.
OBJETIVO:
Avaliar níveis de dímero-D em pacientes com urticária crônica e sua possível correlação com a atividade da doença.
PACIENTES E MÉTODOS:
O estudo foi conduzido de outubro de 2010 até março de 2011. Nós selecionamos 37 pacientes consecutivos da Unidade de Alergia e Unidade de Psoríase, divididos em três grupos para análise estatística: (i) 12 pacientes com urticária crônica ativa; (ii) 10 pacientes com urticária crônica em remissão e (iii) 15 pacientes com psoríase (uma doença com a pele infiltrado inflamatório constituído por neutrófilos, linfócitos e monócitos). Outros cinco pacientes com vasculite urticariforme foram alocados em nosso estudo, mas não incluídos na análise estatística. Os níveis séricos de D-dímero foram medidos por Enzyme Linked Fluorescent Assay (ELFA), e os resultados foram medidos em ng / ml FEU.
RESULTADOS:
Os pacientes com urticária crônica ativa tinham níveis séricos mais altos de dímero-D (p <0,01), quando comparados aos pacientes com urticária crônica em remissão e ao grupo controle (pacientes com psoríase).
CONCLUSÕES:
Os pacientes com urticária crônica ativa têm níveis séricos mais elevados de dímero-D, quando comparados aos pacientes com urticária crônica em remissão e aos pacientes com psoríase. Encontramos níveis elevados de dímero-D entre os pacientes com vasculite urticariforme.
Angioedema; Psoríase; Urticária; Vasculite; Vasculite leucocitoclástica cutânea