A prevalência de osteoporose é elevada em indivíduos infectados pelo HIV. Inicialmente descrita em homens HIV-positivos, estudos demonstraram alta prevalência de osteoporose também em mulheres HIV-positivas. A terapia antirretroviral parece exercer papel importante na patogênese da osteoporose dos indivíduos com HIV. Pouco se sabe sobre sua importância para a osteoporose e fraturas nas mulheres HIV-positivas. Esta revisão objetivou avaliar a frequência de perda de massa óssea, densidade mineral óssea (DMO) e fraturas em mulheres HIV-positivas em uso de terapia antirretroviral (TARV) ou inibidores de protease (IP). Após busca nos bancos de dados PubMed, EMBASE e Lilacs, de 597 citações, cinco estudos permaneceram na revisão. Demonstrou-se haver uma diferença superior a 3% na DMO no colo do fêmur de mulheres HIV-positivas em uso de IP/TARV. Não se evidenciou diferença na DMO da coluna lombar entre usuárias e não usuárias de IP/TARV. A escassez de estudos impossibilitou qualquer conclusão sobre a ocorrência de fraturas.
HIV; osteoporose; fraturas ósseas; densidade mineral óssea; terapia antirretroviral; revisão sistemática