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Formas familiares de hiperparatireoidismo relacionadas a mutações no gene HRPT2: estudos moleculares poderiam direcionar procedimentos cirúrgicos?

A melhor conduta nas formas familiares de hiperparatireoidismo relacionadas a mutações no gene HRPT2 ainda é controvertida. Cirurgias conservadoras, minimamente invasivas ou mais agressivas já foram propostas por diferentes grupos. Objetivamos estudar a seqüência e a expressão do gene HRPT2, além do desfecho clínico, após seguimento de até 32 anos de uma família brasileira com hiperparatireodismo familiar isolado (FIHP). Utilizamos dados clínicos e bioquímicos, seqüenciamento direto do HRPT2 além de análise da expressão da parafibromina através da RT-PCR e imunohistoquímica. Foi identificada mutação nonsense no éxon 1 (c.96G>A)(p.Trp32X) em todos os membros afetados que foram estudados. A análise do mRNA transcrito, através da RT-PCR, demonstrou ausência do transcrito no tecido tumoral. A imunohistoquímica também evidenciou ausência da parafibromina. Nessa família houve alta (75%) prevalência de recorrência ou persistência da doença após paratireoidectomia parcial o que nos levou a considerar fundamental discutir uma abordagem cirúrgica mais agressiva com os outros familiares portadores da mutação caso critérios de indicação cirúrgica sejam atingidos. Dessa maneira, até que estudos mais amplos estabeleçam uma correlação genótipo-fenótipo no hiperparatireoidismo familiar relacionado a mutações no HRPT2, a abordagem cirúrgica deverá ser individualizada.

HRPT2; Parafibromina; Paratireóide; FIHP; Cirurgia


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